Texto de Miguel Ângelo
Não sei de que cor são as palavras
de veludo,
dizem que é a pele perfeita da mentira.
Nem a minha voz é aveludada
ao ponto de adocicar
‘notre rencontre promise‘.
É só mais um pronúncio
que se esbatera no extraordinário
sentido da vida.
De dentro aquele
Que cria imagens impossíveis.
De fora quem ergue impossibilidades
impossíveis.
E no quadro imaginário, sim, num quadro imaginário,
Dançamos como loucos destemidos em busca de sentido que nos faça voar.
***
Miguel Ângelo, nascido à 31 Maio de 1972, numa das duas cidades onde as ruas não tem nome, na cidade de Espinho, Portugal. Em tempos Migueli, Quando ainda a bola rolava nos seus pés e o seu mundo era um retângulo verde com duas balizas que se olham frente à frente.
Entre o espectro do golo, foram surgindo pensamentos e brotaram poemas no caminho que se estende até aos dias de hoje.
Na descoberta fascinante de Herberto Helder até Ulisses de Homero, tudo se tornou surreal, uma Perfeita Imperfeição.