Por: Pedro Pereira Lopes
Um homem fez um pacto com os espíritos para enriquecer. O contrato compreendia duas cerimónias. Satisfez a primeira formalidade sem sobressaltos, atravessar uma estreita prancha que cortava um pequeno regato farto de crocodilos. O segundo ritual estava dependente do consentimento da mãe, com quem teria que consumar o pecado da carne. A mãe opôs-se,
enojada,
não haverá riqueza para tão grande pecado, disse, depois fez o sinal da cruz.
Como castigo por ter rompido com o pacto, os espíritos colheram a sanidade do homem e transformaram-no num caçador de assobios. Ele não pode ouvir um, que vai logo a insultar e a disparar pedras.