A ensaista Sara Laísse foi premiada em reconhecimento ao seu trabalho na Investigação Académico-literária, na categoria “área académica e literária” pelo Festival Internacional de Poesia e Arte “Grito de Mujer”, que se realiza anualmente em Lisboa.
Com publicações regulares na imprensa nacional, revistas especializadas além fronteira e participação em vários fóruns de debate, a moçambicana que actualmente ocupa o cargo de directora executiva da Fundação Fernando Leite Couto, convenceu ao júri, que “reconheceu os seus méritos inquestionáveis, decidindo premiá-la”, como lê-se no email de anúncio.
A partir de uma base de reflexão que se distancia da tradição estruturalista, Sara Antónia Jona Laisse tem contribuido para a reflexão sobre a literatura moçambicana, o que se pode atestar, por exemplo, através da recentes publicações dos livros “Letras e Palavras Convivência entre culturas na literatura moçambicana”, “Entre margens: diálogo intercultural e outros textos” e “Moçambique, margem sul: Arte, interculturalidade e outros textos”.
Desde 2016 que tem coordenado as sessões académicas denominadas “Tertúlias Itinerantes”, nas quais se debate a interculturalidade no espaço da língua portuguesa, em coordenação conjunta com Eduardo Lichuge, Lurdes Macedo e Mário Secca.
Manteve, durante 20 anos o programa “Tertúlias de Sábado” de incentivo à literatura. Foi editora do programa radiofônico “Lavradores da palavra” e dos programas televisivos “A Letra” e “Letra Viva”, em Moçambique.
Sara Antónia Jona Laisse colaboradora no jornal digital brasileiro 7 Margens. Faz parte do conselho editorial de revistas científicas moçambicanas e internacionais. A sua obra literária foca especialmente a preocupação em relação às culturas moçambicanas e à raridade de discussão sobre elas.
A galardoada é doutorada em Literaturas e Culturas em Língua Portuguesa pela Universidade Nova de Lisboa (2015); Mestre em Gestão Estratégica de Recursos Humanos pela Universidade Católica de Minas Gerais e Instituto Superior Politécnico e Universitário (2006); Graduada em Linguística pela Universidade Eduardo Mondlane (1997), sua alma mater; docente na Universidade Católica de Moçambique.
É investigadora associada ao Centro de Humanidades da Universidade Nova de Lisboa (2014); ao Centro de Estudos sobre África e Desenvolvimento do Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa (2019) e ao Grupo de Pesquisa MOZA (Moçambique e Africanidades) da Universidade Federal da Paraíba (2020). Diretora executiva da Fundação Fernando Leite Couto (2022).
O Festival Internacional de Poesia e Arte “Grito de Mujer que nasceu na República Dominicana é realizado em Lisboa/Portugal desde 2014 com a Curadoria de Delmar Maia Gonçalves e a coordenação colegial do CEMD(Círculo de Escritores Moçambicanos na Diáspora) numa parceria com a Organização Mujeres Poetas Internacional (MPI).
O apoio à luta das mulheres pela paridade e por um mundo mais justo,solidário,fraterno e igualitário, tem sido o lema e a marca do Festival.
Neste Festival são premiadas mulheres que se destacaram especialmente em várias áreas com destaque para a Literatura,Investigação Académica e Literária,Educação, Cultura , Empreendedorismo e Desporto entre outros. E desde 2014 que o CEMD tem premiado figuras moçambicanas a residirem em Moçambique e em Portugal,além de personalidades de várias nacionalidades residentes em Portugal.