A Associação Kulemba vai realizar, esta quarta-feira, 29 de Março, a partir das 18 horas, na Livraria Fundza, Cidade da Beira, uma sessão de conversa com Dr. Apingar. Ao longo do evento aberto gratuitamente ao público, o artista multifacetado irá falar do seu percurso artístico.
Partindo da sua vasta experiência no universo artístico, o actor, encenador, iluminotécnico, compositor e músico vai recuar no tempo para, através do passado, explorar situações pessoais capazes de motivar os artistas ou os que pretendem sê-lo. De igual modo, Dr. Apingar vai partilhar a sua relação com o activismo, com a música e, sobretudo, com o palco, uma vez que se dedica à arte teatral há 33 anos.
Dr. Apingar iniciou-se no teatro em 1990, num grupo cultural da extinta Escola Secundária Militar, na Cidade da Beira. Cinco anos depois, com jovens do Bairro da Manga, cria um grupo de teatro amador, chamado Nhacuaino. Em 1996, ingressa no Grupo de Teatro Massinguita, como actor, e, mais tarde, começa a encenar algumas peças no mesmo grupo.
Em 1999, Dr. Apingar participa, na Cidade de Maputo, numa formação de dramaturgia e técnicas de encenação realizado pelo Teatro Avenida e Backa Teater da Suécia, sob orientação do encenador e dramaturgo Henning Mankel, Eva Bergman e Manuela Soeiro. No ano seguinte, nos Países Baixos, exibe uma peça teatral e participa numa troca de experiência entre jovens das cidades da Beira, Manágua e Amsterdão.
Depois de se dissociar do grupo Massinguita, em 2004, Dr. Apingar funda o Grupo de Teatro Chamuarianga, com o qual trabalha até ao momento. No mesmo ano, participa como actor e director de actores na produção do filme Preto no verde, sobre queimadas descontroladas, em Sofala. Em 2007, mais uma participação, no caso, como actor no filme As teias da Aranha, de Sol de Carvalho.
Dr. Apingar é o nome artístico de António Pio Nhamizinga Garcia. Nasceu a 08 de Outubro de 1977, na Província de Manica.