O que há para ver no “Último Jorna da Noite”?

O telejornal é o programa da hora nobre nas estações de televisão em todo o mundo. É nele que as pessoas se informam e se formam. À luz da teoria (jornalística) de agenda setting, pode-se afirmar que é a partir do telejornal que se agendam as conversas na esfera pública.

Olhando para a peça teatral “Último Jorna da Noite”, apresentada no dia 13, às 18.00 horas, no Instituto Guimarães Rosa (IGR), sob orientação de Expedido Araújo e encenação de Kwanka Zawares, jovens actores emitiram mensagens viradas aos dilemas sociais, que podem ser descodificadas de diferentes formas.

A peça, exibida pela primeira vez em Julho, teve seis meses de ensaio. O espectáculo questiona o “cinismo” por trás dos conteúdos noticiosos veiculados pela televisão. De forma implícita, indaga sobre o seu papel na sociedade, considerando a TV como um sistema complexo de redes de representação do mundo, como uma aparente janela transparente da realidade, através de uma série de extractos fictícios de notícias de contexto social.

No “Último jorna da noite” foram contados destaques noticiosos como “Aumenta o índice de crianças com problemas mentais; Falta de água potável preocupa os moradores do bairro 3 de Fevereiro; Jovem decide revelar-se à família que é homossexual, etc.” com as falas do elenco, foi possível arrancar gargalhadas da maioria dos jovens da plateia que encheu os assentos do IGR.

Uma peça teatral versátil, que discute o papel do jornalista como um profissional e o papel da própria sociedade, como membro fiel para a construção do meio.
É o jornalista, por exemplo, que recolhe as informações e as transmite ao público, mas, o profissional carece de ética e deontologia profissional, uma vez que assuntos diversos podem ser encontrados no meio social.

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