Chaná de Sá expõe “Os viajantes da baleia cor-de-rosa” na FFLC

“Os viajantes da baleia cor-de-rosa” é o título da exposição individual do artista plástico Chaná de Sá, que será inaugurada hoje, 18.00 horas, na Galeria da Fundação Fernando Leite Couto, em Maputo.

Com a curadoria de Yolanda Couto, a exposição contempla cerca de 20 obras feitas com técnicas de aerosolgrafia sobre tela e sobre madeira, uma ousadia de Chaná que leva as formas de fazer artes de rua, o graffiti, para o interior das galerias.

As obras apresentadas nesta exposição fazem-se pelo forte impacto visual, como se nos concentrasse à volta do narrador para compreender a metamorfose, a transfiguração dos seres nas cores. É fácil compreender o resultado deste trabalho artístico olhando para as paisagens, os caminhos, os outros e o que obriga o seu pensamento.

Chaná, natural de Inhambane, a terra da boa gente, experimenta as cores, do meramente pintar, para representar a convivência feita de interesses. O que se destaca em seus quadros são as figuras que se misturam entre animais e humanas e até as flores, procurando o artista representar uma ideia de coexistência na natureza, mas também uma inspiração nos seres mitológicos da cultura grega, sendo as ninfas, as mulheres que se apresentam lindas e alegres protetoras da floresta, as sereias meio corpo mulheres, meio corpo peixes, que cuidam do mar.

Tendo se mostrado em mais de 30 exposições, entre individuais e colectivas, de nome completo Algy Chaná Alberto de Sá, o artista nasceu no dia 23 de Maio de 1983 na cidade de Maputo, Moçambique. Iniciou a sua carreira, incentivado por A. M. Acosta, com quem estudou desenho, pintura, cerâmica e outras expressões artísticas no atelier “A Sombra do Artista”. Actualmente cursa Design no Instituto Superior de Artes e Cultura (ISArC), em Maputo.

Tem estado a trabalhar no projecto “Inhambane cidade azul”, através de uma linguagem gráfica de arte urbana e projecto “Transformando a poluição dos resíduos sólidos em arte”, que consiste na utilização do lixo plástico recolhido nas praias e arredores para criação de trabalhos artísticos. Esta iniciativa visa consciencializar as comunidades sobre os malefícios dos resíduos plásticos no meio ambiente e consequentemente, na saúde.

É curador, dinamizador e facilitador cultural em vários projectos em parceria com associações e organizações culturais, nacionais e internacionais. Membro do Núcleo de Arte, da Associação Positivo Moçambique, membro-fundador da Associação de artesanato Kululeco, membro-fundador e promotor do movimento de artistas plásticos da Província de Inhambane Gerações Wagaya. A sua obra procura a serenidade, o belo, a harmonia, e o amor.

Leave a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Scroll to Top