Conhecidos em Outubro vencedores do concurso de Poesia e Rap

Poderão ser conhecidos em Outubro os vencedores do concurso de poesia e rap de intervenção social, organizado por Criar Moçambique, um colectivo juvenil de artistas e não só, em parceria com o Centro para Democracia e Direitos Humanos (CDD).

A submissão de candidaturas levou pouco mais de um mês e terminou a 10 de Agosto. No momento o certame está na fase de avaliação das mais de 200 candidaturas recebidas de todo o território moçambicano.

Da avaliação em curso, que está a ser feita pela rapper Iveth, o poeta Ivandro Sigaval e a activista Chissungo, que constituem o júri do concurso, serão seleccionados doze finalistas. Sendo quatro de cada região do país. A cerimonia de premiação será feita em Maputo.

O objectivo é desafiar a juventude a se expressar artisticamente sobre os males que a aflige no quotidiano e comprometem o exercício normal de cidadania. A expectativa da organização é, desta forma, disponibilizar uma plataforma alternativa para dar voz aos sonhos e projecções do país que o grupo etário envolviso pretende.

Em entrevista, André Cardoso, que como rapper assina MC Chamboco, explicou que “a visão é que este concurso seja um fórum de diálogo entre os jovens e, simultaneamente, um canal pelo qual eles possam transmitir mensagens às entidades competentes”.

Enquanto Director Executivo do Criar Moçambique, o rapper e activista, disse entender que desta forma os artistas da nova geração poderão comunicar os seus desejos, perspectivas, inquietações, exigências e propostas.

A arte, prossegue, é o lugar social de moldagem da identidade de uma geração. Através das suas diversas disciplinas, acredita Cardoso, pode ser um veículo de transmição de mensagens emancipadoras junto dos jovem.

É neste contexto que justifica a opção pelo rap e pela poesia, expressões urbanas aceites  pela juventude – o que se pode atestar pela quantidade de iniciativas que as englobam que se multiplicam pelo país – para este concurso.

André Cardoso sublinha que esta iniciativa pretende, por outro lado, perpetuar o legado de figuras como Azagaia, buscando gerar novos expoentes artísticos de intervenção social em Moçambique.

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