“The Out-laws” (Meus sogros estão para o crime) é o novo lançamento no catálogo da Netflix. Traz uma proposta nada revolucionária, Owen interpretado por Adam DeVine está prestes a se casar com Parker interpretada por Nina Dobrev, e fica animado ao saber que seus sogros Lilly e Billy McDermott interpretados por Ellen Barkin e Pierce Brosnan respectivamente, estão chegando para a cerimônia. Dias antes do casamento, o banco onde Owen trabalha é assaltado, e ele suspeita que seus sogros sejam os bandidos.
A proposta do filme não é inovadora porque existem vários materiais similares com proposta e seguimentos até iguais, o que que logo, não justifica o porquê desse desastre em tela, que mais parece ter sido um tentava apressada de preencher um vazio no catálogo.
O “longa” é composto por várias referências a outros filmes como “007”. Entrando numa Fria entre outros. É literalmente uma comédia sem graça e uma proposta falhada e quiçá desastrosa.
Entre as fragilidades evidentes de “The Out-laws” está a falta de equilíbrio entre a comédia e o crime. Embora a premissa ofereça uma oportunidade única de explorar a tensão entre sogros e sua participação em atividades criminosas, o filme não consegue encontrar o tom adequado para equilibrar esses elementos. Isso resulta em momentos em que o humor parece forçado ou fora de lugar, e a tensão do enredo não é plenamente aproveitada.
O roteiro apresenta algumas inconsistências e subtramas mal desenvolvidas. O enredo muitas vezes carece de coerência, e algumas situações parecem pouco realistas ou pouco fundamentadas. Isso prejudica o envolvimento emocional com os personagens e dificulta a imersão na trama.
Um exemplo de incoerência ocorre quando o casal que está prestes a se casar não apresenta química ou conexão emocional significativa. Isso pode ser evidenciado pela falta de cenas românticas ou momentos que mostrem aprofundamento do relacionamento. Essa falta de desenvolvimento prejudica a credibilidade do enredo e dificulta a empatia com os personagens.
O filme apresenta subtramas que não são adequadamente exploradas, resultando em incoerências narrativas. Por exemplo, personagens secundários introduzidos sem uma explicação ou propósito claro como Rehan interpretada por Poorna Jagannathan, Phoebe King interpretada por Lauren Lapkus entre outros que mais parecem ter sido chamados de última hora para interpretar personagens genéricos em uma paródia sobre filme de assalto a banco, deixando perguntas sem resposta e levando a uma sensação de desconexão no enredo.
Em relação à direção e à edição, o filme apresenta alguns momentos bem executados, mas também falha em manter um ritmo consistente. As cenas de ação e os momentos de humor muitas vezes carecem de fluidez e acabam se tornando previsíveis. Uma maior atenção à coreografia das cenas e à construção do suspense teria beneficiado a experiência geral do filme.
“The Out-laws” (Meus Sogros Estão para o Crime) é um filme que traz uma premissa interessante ao combinar comédia e crime em um contexto familiar. No entanto, suas falhas na tentativa de equilibrar esses elementos, a falta de coerência no roteiro, o desenvolvimento superficial dos personagens e a inconsistência na direção e edição limitam seu potencial. Seria arriscado nomear como o pior filme sendo que ainda estamos no meio do ano? Seria mas, “The Out-laws” se torna uma experiência cinematográfica decepcionante.