Vai encerrar a 16 do mês em curso a exposição “Fotografia para a transformação social – Um mundo para todos dividido”, na Fortaleza de Maputo. A mostra reúne sete fotógrafos residentes em Moçambique.
Esta exibição que está aberta desde 18 de Maio é composta pelos registos dos moçambicanos Ouri Pota, Yassmin Forte, Julia Mena e Lillian Benny, da hispano-moçambicana Dilayla Romeo, do nicaraguense Alfredo Zúñiga e Julio Dengucho.
Com efeito, Ouri Pota, mostra-nos a vida das mulheres que cortam pedras na província de Tete, em condições difíceis. Yassmin Forte optou por entrar nos “chapas” de Maputo para nos contar, a partir do interior, como é viajar durante horas todos os dias para chegar ao trabalho.
Julia Mena, por sua vez, registou as desigualdades sociais que nos rodeiam, especialmente em cidades metropolitanas como Maputo, onde coexistem riqueza e pobreza extremas de modo escancarado.
Lillian Benny preferiu uma abordagem corajosa ao retratar a vida das pessoas presas à toxicodependência e às suas dificuldades de reabilitação. Dilayla Romeo propôs uma viagem a maré de plástico para nos consciencializar dos danos que o plástico causam ao meio ambiente.
Alfredo Zúñiga, através do seu olhar fotográfico, narra histórias pessoais das vítimas do conflito em Cabo Delgado, que hoje vivem na condição de refugiados dentro do seu próprio território com a incerteza de um dia poderem voltar para a região que já foi a sua casa e de seus ancestrais.
Com o apoio da financeiro da Cooperação Espanhola, esta exposição, que tem a curadoria de A exposição, com curadoria do fotógrafo hondurenho Ariel Sosa, conforme a nota de imprensa que chegou ao “Mbenga”, tem a intenção de despertar sobre questões do quotidiano que escapam na correria habitual.
“Pretende trazer um novo olhar sobre os problemas que nos rodeiam, um olhar do sul e um olhar que não quer deixar de aprender, tanto com a técnica fotográfica como com as histórias de vida dos mais desfavorecidos”, lê-se na referida nota.