“Objetos de Ofícios” é o título da exposição de Amarildo Rungo que está em exibição na Galeria da XHUB desde ontem, na qual estão pinturas que ilustram os seus primeiros passos nesta disciplina das artes visuais.
A mostra pretende refletir em torno do ofício que o artista testemunha de si próprio, onde os objectos surgiram na base do exercício das suas mãos e passam a existir e a ocupar algum espaço no universo dos objetos.
Em 20 obras, de 2018 a 2020, que compõem a exposição, estão evidentes a busca contínua do artista por explorar novas técnicas, como a realidade virtual e realidade aumentada, proporcionando experiências imersivas.
A produção musical também desempenha um papel crucial nesta exposição. Além disso, performances teatrais surpreendentes perfazem o leque dos ofícios culturais de Amarildo Rungo, que sugerem um diálogo impactante entre os objetos e o público.
Conforme a nota de imprensa recebida pelo “Mbenga”, “Objetos de Ofícios” representa uma oportunidade de mergulhar em um mundo artístico multifacetado, onde a inovação e a fusão de diferentes disciplinas se encontram.
A expectativa do artista é surpreender o público com a “combinação transcendental de artes plásticas que certamente provocará reflexões, emoções e inspiração”, lê-se na nota supracitada.
Amarildo Rungo, iniciou a sua atividade artística em 2013 com a Música, e posteriormente, as artes plásticas com a pintura e o desenho em 2015, concluiu o curso de Artes Visuais (2020) pela Escola Nacional de Artes Visuais (ENAV) em Maputo, também frequentou e concluiu o curso de teatro livre no Centro Cultural Brasil Moçambique.
Para além de trabalhar com artes plásticas, é actor membro do grupo de teatro do CCBM onde estreou-se com as peças “A Casa da Fantasminha”- 2019,” O Artista na sociedade” (2019/20) e está envolvido em projetos de cinema com o grupo de cineastas Afrocinemakers, onde por via desta participou do filme Constelações estreado pelo Cineteatro Scala em 2020.
É membro da Associação Cultural Muend’Arte onde participou de três exposições coletivas de pintura na Casa da cultura da Cidade de Maputo em 2020, 2021 e 2022, sendo na mesma associação o criador da dinâmica pois é confiado para liderar projetos. Participou, igualmente, das Exposições crescentes da Kulungwana 2020, 2021, 2022 e 2023 tendo sido nomeado no top 10 Better Future 2022.
Tem desenvolvido e apresentado nos últimos tempos ensaios de performance artística, produziu a exposição Corpo (R) Ação, instalação de Xingufos (bola de trapos) e fotografia em dupla com Ildefonso Colaço no Bairro da Mafalala nas instalações da associação cultural Muend’Arte em 2021.
Realizou pela segunda vez a exposição Corpo (R) Ação no CCMA- Cento Cultural Moçambicano-Alemão em 2021. Em abril de 2022 efectuou a sua primeira exposição individual “Magias do pano” na Fundação Fernando Leite Couto e uma performance individual “Onde está Deus?” No 16 Neto Espaço Cultural.
Audiovisual UPCYCLES na Fortaleza de Maputo, fez a sua Segunda Exposição Individual “Xidjumbas” na Fortaleza de Maputo em Abril de 2023 e num passado recente, durante o Festival Internacional de Teatro de Inverno apresentou pela segunda vez a performance “Onde Está Deus?” na XHUB-Incubadora de Negócios Culturais e Criativos.