Hoje há “Cinzas” de Pedro da Silva Pinto no Franco

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Hoje, às 19.00 horas, o auditório do Centro Cultural Franco-Moçambicano, será palco do primeiro concerto a solo de Pedro da Silva Pinto, vocalista da celebre banda 340 ml, intitulado “Cinzas”.

Ao lado de Chris Born, Texito Langa, Muzila, Pizzawpineaples e João da Graça, o compositor e intérprete irá percorrer por sonoridades experimentais, através das quais nos permitirá espreitar parte do seu universo.

Por aquilo que se pode ouvir dos ensaios, trata-se de uma proposta que explora indie, jazz, algo próximo do pós-rock, entre outras referências não muito distantes do projecto 340 million, de todo.     

Conforme a nota de imprensa enviado ao “Mbenga”, o projeto “cinzas” nasce de uma residência artística de 10 dias no Centro Cultural Franco Moçambicano. O mesmo resulta de um processo orgânico, envolvendo músicos amigos que partilham um objetivo comum. Criar algo novo, substancial e sobretudo diferente.

“O cinzento de um dia nostálgico. A cor das nuvens. Discretas e elegantes, antecipam a chuva. A cinza resulta do impiedoso e severo calor do fogo. A desintegração absoluta de um corpo. É o pó. O Fénix. A minha cor favorita”, lê-se no comunicado.

O cinza, prossegue, navega entre o preto e o branco, o quente e o frio, o caos e a serenidade, a certeza e a indecisão, o Yin e o Yang, a vida e a morte. Simboliza a ressurreição, o eterno retorno, a renovação cíclica, mas também a dor, o luto e os estados de espírito de tristeza e melancolia.

De acordo com Pedro da Silva Pinto, no contexto local, a cinza é utilizada pelos Tinyanga em ritos de purificação. Afasta o azar e possibilita um novo começo. Após a queimada, serve de adubo para o capim miúdo.

“O objectivo deste projeto é percorrer estes espaços e estas emoções através de texturas sonoras. Ir junto para o desconhecido”, esclarece o músico a quem coube a direção musical e produção deste concerto.

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É licenciado em Jornalismo, pela ESJ. Tem interesse de pesquisa no campo das artes, identidade e cultura, tendo já publicado no país e em Portugal os artigos “Ingredientes do cocktail de uma revolução estética” e “José Craveirinha e o Renascimento Negro de Harlem”. É membro da plataforma Mbenga Artes e Reflexões, desde 2014, foi jornalista na página cultural do Jornal Notícias (2016-2020) e um dos apresentadores do programa Conversas ao Meio Dia, docente de Jornalismo. Durante a formação foi monitor do Msc Isaías Fuel nas cadeiras de Jornalismo Especializado e Teorias da Comunicação. Na adolescência fez rádio, tendo sido apresentador do programa Mundo Sem Segredos, no Emissor Provincial da Rádio Moçambique de Inhambane. Fez um estágio na secção de cultura da RTP em Lisboa sob coordenação de Teresa Nicolau. Além de matérias jornalísticas, tem assinado crónicas, crítica literária, alguma dispersa de cinema e música. Escreve contos. Foi Gestor de Comunicação da Fundação Fernando Leite Couto. E actualmente, é Gestor Cultural do Centro Cultural Moçambicano-Alemão

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