ELCIDES CARLOS APRESENTA “SENSE OF PRESENCE”

O guitarrista e compositor moçambicano, Elcides Carlos, com raízes musicais assentes no Jazz e na música Africana, apresenta o aguardado disco solo, “Sense Of Presence”, esta quinta-feira, dia 27 no auditório do BCI. O álbum conta com participações nacionais e internacionais de Radjha Ali, Deodato Siquir, Bhaka Yafole, Cheny Wa Gune, Edmundo Matsielane (Moçambique), Ernie Smith (África do Sul), André Sansi (Brasil) e Etienne Stadwijk (Suriname/EUA).

É o culminar de mais uma etapa da estrada que se adivinha longa, comemorando anos de carreira, o guitarrista Elcides Carlos, que já tocou com vários músicos, entre nacionais e internacionais, a destacar Hugh Massekela, Manu Dibango, Oliver Mutukudzi, Jimmy Dludlu, Moreira Chonguiça, Chude Mondlane, João Cabral, Hortêncio Langa, Zena Bacar, Xixel Langa, Isabel Novela, Orlando da Conceição e António Prista.
Participou em diferentes festivais: “Mozambique International Jazz Festival”, “Moments of Jazz”, “Festival Nacional da cultura”, “Festival de Jazz Moçambique Itália”, Umoja – cultural Flying Carpet (Noruega), “Benguela Jazz Festival” (Angola), Changdu International Sister Cities Youth Music Festival (China), Cape Town International Jazz Festival (RSA), finalmente lança seu álbum solo, intitulado “Sense Of Presence”.
Comemorando dezoito anos de carreira, o guitarrista Elcides Carlos, finalmente lança seu álbum solo, intitulado ‘Sense Of Presence’. “É uma felicidade imensa poder mostrar para mundo meu primeiro disco autoral solo, a minha primeira introspecção, as minhas primeiras revelações.

“Sense Of Presence”, é o espaço eleito para sentir asensação da voz ia sussurrando ao meu ouvido “é chegada a hora”. Todas as manhãs eu sentava-me para compor intencionalmente as músicas que deveriam fazer parte do álbum. Uma composição pode desenrolar de mil e uma formas diferentes. E a meio tantas possibilidades é muito comum uma composição não passar da fase da ideia”, comenta o músico.

“Sense Of Presence”, foi inteiramente produzido por Elcides Carlos, que
conta com outros dois co-produtores, João Cabral, guitarrista e compositor,
com vários anos de experiência musical e Vando Infante, talentoso
baterista. Traz participações a nível nacional, de Realdo Salato (baixo e
arranjos), Tony Paco (bateria e percussão), Stélio Zoe (bateria), Nelson
Manjate (percussão), Deodato Siquir (bateria, percussão e voz), Pappy
Miranda (teclados), Nicoulau Cauaneque (teclados), Sheila Malijane (voz),
Pauleta Muholove (voz), Cheny Wa Gune (timbila), Bhaka Yafole (voz),
Radjha Ali (voz), e Edmundo Matsielane (voz).
A nível internacional, o álbum contou com Drew Zaremba (sopros,
hammond organ, USA), Etienne Stadwjik (EUA), André Sansi (Brasi),
Riquinho Fidelis (percussão, Brasil), Eloi Brito (bandolim, Brasil), Rosário
Giuliane (alto sax, Itália), Valentina Bartoli (hamond organ, Itália), Mario
Avesani (sopros, Itália), Valery Stepanov (teclados, Russia), Dylan Roman
(teclados, RSA), Ernie Smith ( guitarra e voz, RSA), Madova Mbemba
(voz, Congo) e Ekaterine James (violino, Cuba)

De referir que, grande parte dos músicos gravou remotamente as suas
contribuições neste projecto audacioso, onde “Estive a tempo inteiro
comprometido com o que de melhor era possível se obter. Quis trabalhar
com os melhores músicos, nos melhores estúdios, com os melhores
técnicos, ter as melhores condições possíveis de trabalho , e, por fim,
entregar ao consumidor a melhor versão final. E porque a qualidade tem o
seu preço projecto acabou ficando oneroso” afiançou Elcides Carlos.
Sobre a participação na produção, o talentoso baterista
moçambicano, Vando Infante diz: “Adoro a ideia de apoiar músicos
talentosos e que pedem milagrosamente ao universo os padrões
internacionais e doam sua alma aos projectos onde se envolvem. Para
mim, foi uma grande honra estar de pele e cal na produção das 12 faixas
que o álbum contém, que venham mais álbuns ricos na sua diversidade de
vozes e estilos”.
O disco contém 12 faixas, onde Elcides Carlos traz um pouco de tudo que o
inspira, desde os heróis do seu ponto de partida Charlie Parker, Wes
Montgomery, Joe Pass, George Benson, Pat Martino, Lee Ritenour, Biréli
Lagrene. O recado estava dado: “study the greats and become greater”
(estude os grandes e torna-te maior – tradução livre). Onde cada música
tem uma mixagem e masterização única, fazendo cada música para soar
realmente dentro da sua proposta, cada uma com um estilo

diferente. “Tenho uma relação muito forte com a palavra. Grande parte
das minhas composições possui uma letra de música, mesmo sendo uma
musica instrumental. A música cantada é ais abrangente. Por isso, exploro
isso conscientemente. Dou sempre um jeito de cantar um ou dois versos
nas musicas instrumentais e não é por acaso que a faixa Ha Fana, tem um
poema do escritor e poeta moçambicano Celso C.Cossa”. anotou Elcides
Carlos.

Biografia
Elcides Carlos Armando, nasceu aos 23 de Julho de 1985, em
Moçambique, na província de Maputo Cidade. Cresceu nos subúrbios da
cidade de Maputo mais concretamente no bairro do Chamanculo “D”.
A música sempre esteve presente no seio da família Armando. Seu já
falecido pai era apreciador de música e colecionador de discos de vinil.
Recorda-se que durante a infância, existiam dias e momentos especiais para
se escutar os discos, afinal eram o tesouro do dono. Nessa fase de sua vida,
ouvia pelo gira discos, música de vários quadrantes do mundo: James
Brown, Martinho da Vila, Manu Dibango, Steve Kekana, Fany Mpfumo,
entre outros.
É licenciado em Física pela Universidade Eduardo Mondlane. Trabalhou
por 12 anos como professor de Física e estatística geral na escola técnica
União Geral das Cooperativas (UGC). É docente de Guitarra na Escola de
Comunicações e Artes (ECA), da Universidade Eduardo Mondlane desde
2010.

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