Eldevina Materula considera Projecto “Resistência e Afirmação Cultural” de grande valor cultural

Chenny Wa Guny na timbila e Xixel na voz, o lançamento do projecto “Resistência e Afirmação Cultural” foi aberto por música. O ritmo tradicional, mesclado às afinações e a voz grave de Xixel Langa, acalmou os murmúrios das dezenas de pessoas que aguardavam pela chegada da Ministra da Cultura e Turismo ao Cinema Scala, em Maputo, onde Eldevina Materula era esperada para testemunhar o nascimento de mais uma iniciativa que tem na mulher o centro das atenções.

O projecto “Resistência e Afirmação Cultural” tem como objectivo de incentivar jovens e mulheres artistas a investigar e recriar obras de arte baseadas nas manifestações culturais feitas durante o processo de libertação colonial portuguesa nos PALOP é Timor-Leste, mas quer também instigar a produção de arte versada sobre o fascismo português.

De acordo com Eldevina Materula, o Projecto “Resistência e Afirmação Cultural” é uma plataforma que vai permitir a abertura do mercado das artes para as mulheres, o que, de alguma forma, vai contribuir para o crescimento da economia criativa.

“O projecto será dirigido por jovens mulheres, que terão a oportunidade de, através da sua performance, mostrar as diversas formas de ser e estar nas artes a ser representadas, assim como de expressar o grande potencial que este género possui”, avança.

Com a iniciativa ora lançada, Moçambique passa a ser o país com mais subvenções submetidas e aprovadas pelos programas de financiamento do PROCULTURA, com um total de 41% de projectos em todos os PALOP. No entender de Materula, os números revelam o crescimento do sector.

“É um motivo para nos orgulhar, porque este projecto servirá de base para transmissao de conhecimentos para futiras geracoes, assim como para a valorização da identidade cultural africana que se vem perdendo para a globalização, constata.

Este Projecto, continua, vem trazer ao de cima a identidade nacional e a dos PALOP. “veio num momento de grandes realizações nas artes e cultura nacionais, pois o Mapiko está a portas de ser considerado património mundial da UNESCO, mas também o governo moçambicano se junta ao Zimbabweano para uma iniciativa de criação do Museu da Libertação Africana” disse.

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