Studio Bom Dia em campanha Go Fund para reabrir

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Fotografia do interior do estúdio antes do incêncio

Para reactivar o Studio Bom Dia, estúdio sediado na cidade de Inhambane, que ardeu há dias, Roland Pickl, seu fundador, está a fazer uma campanha de angariação de fundos no Go Fund.

Serão precisos, estima Roland Pickl que nos respondeu esta tarde pelo WhatsApp, cerca de 70 mil euros para que o estúdio volte ao activo. O cálculo é feito a partir das previsões de custos para reabilitar a infraestrutura do Studio Bom Dia, instrumentos musicais e equipamento de gravação.

“Boa parte do edifício terá de ser reconstruído, teremos de refazer a arquitetura interior para responder ao isolamento acústico, precisaremos de monitores, novo sistema de gravação digital, equipamento para gravação ao vivo em espaços abertos”, explicou Roland Pickl que ainda soma o valor de transporte e taxas aduaneiras para entrada desses materiais caso venham da África do Sul, Europa ou Estados Unidos de América.

O incêndio consumiu, financeiramente, mais de 70 mil euros, prosseguiu o fundador do estúdio. Entretanto este é o valor que projecta para que pelo menos voltem a trabalhar.

A previsão deste ano era gravar cinco trabalhos com os quais o estúdio vem trabalhando num regime de longo prazo.
“Os projectos com o Chico António”, por exemplo, “estavam em cópia em discos duros, queimaram quase todos, menos um que, entretanto, não está a responder e já se considera enviar para especialistas da África do Sul para recuperar”.
Caso não haja sucesso, prosseguiu, vão continuar a trabalhar nesse projecto, se não, “vamos regravar com a banda que fez a apresentação no Centro Cultural Franco Moçambicano, em Maputo”.

De acordo com a descrição da campanha, o único estúdio musical profissional situado na província de Inhambane, Moçambique, gravou mais de 30 álbuns, com mais de 100 cantores e instrumentistas moçambicanos, bem como com músicos de mais de 20 países diferentes em todo o mundo.

É o único estúdio musical profissional da província, e apenas um de 3 no país equipado para gravações de bandas profissionais ao vivo.

Roland Pickl, seu fundador, é também co-fundador da Positivo Moçambique; uma organização que espalha a consciência do HIV entre os jovens através da Música. Desde 2007, mais de mil jovens e estudantes já gravaram canções originais em oficinas de educação e mentoria sobre o VIH.

Para mais info: https://gofund.me/cff15089

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É licenciado em Jornalismo, pela ESJ. Tem interesse de pesquisa no campo das artes, identidade e cultura, tendo já publicado no país e em Portugal os artigos “Ingredientes do cocktail de uma revolução estética” e “José Craveirinha e o Renascimento Negro de Harlem”. É membro da plataforma Mbenga Artes e Reflexões, desde 2014, foi jornalista na página cultural do Jornal Notícias (2016-2020) e um dos apresentadores do programa Conversas ao Meio Dia, docente de Jornalismo. Durante a formação foi monitor do Msc Isaías Fuel nas cadeiras de Jornalismo Especializado e Teorias da Comunicação. Na adolescência fez rádio, tendo sido apresentador do programa Mundo Sem Segredos, no Emissor Provincial da Rádio Moçambique de Inhambane. Fez um estágio na secção de cultura da RTP em Lisboa sob coordenação de Teresa Nicolau. Além de matérias jornalísticas, tem assinado crónicas, crítica literária, alguma dispersa de cinema e música. Escreve contos. Foi Gestor de Comunicação da Fundação Fernando Leite Couto. E actualmente, é Gestor Cultural do Centro Cultural Moçambicano-Alemão

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