Djam Neguin lança Badio Branku, música lúdica sobre racismo

O multifacetado artista cabo-verdiano Djam Neguin acaba de lançar o seu mais recente trabalho audiovisual, intitulado Badio Branku. Este é o segundo single do seu EP (previsto para o segundo semestre de 2022), já disponível em todas as plataformas de distribuição digital.

Neste single, conforme a nota recebida pelo “Mbenga”, “o artista nos convida a refletir sobre a problemática do colorismo (uma forma disfarçada de preconceito ou discriminação, em que pessoas que geralmente são membros do mesmo grupo etno-racial são tratadas de forma diferente com base em implicações sociais que vêm com os significados culturais ligados à cor da pele).”

O single conta com lançamentos também em vários órgãos de comunicação da diáspora, da lusofonia e demais plataformas media no mundo inteiro, que sublinham como uma “incrível e importantíssima produção artística na agenda antirracista”.

Para esta música, Djam Neguin que a escreveu e deu voz, convidou Firmy (beat) e coube a LennoBeats fazer a captação, mix e master.

“O Badio Branku é um single declaradamente político, que por sinal, é também a minha condição humana no mundo”, disse o músico, a explicar tratar-se do segundo single do seu EP Autofagias, que se constitui como o segundo marcador de uma trilogia de temporalidades.

“Ao ser afeto às temáticas afro futuristas”, explicou o cabo-verdiano, “que me conduziram à criação do movimento artístico e estético que denominei CVFuturismo (https://cvfuturismo.weebly.com/), uma das prerrogativas que me orientam é o desmembramento do conceito do tempo”.

Denunciar é um verbo acusativo, recorda. Não por acaso!, observa. “Nesta canção há uma exposição de um “estado das coisas” e há uma incitação “camba pra luta”, a pele é “disputa””, acrescenta.

Djam Neguin acredita que luta e a disputa são por um mundo que efetue a reparação histórica necessária e crie as circunstâncias para que as pessoas existam fora de ideologias de dominação.

“Este single é obviamente um reflexo dos tempos, um tempo de acordamento, que para mim aconteceu muito recentemente e que não mais um tempo em que as nossas pautas enquanto artistas e criadores são decisivas para o rumo do planeta que todos partilhamos”, concluiu.

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