Moçambique presente no Bushfire 2022

As bandas Moticoma e Chapa 100, bem como o Dj Dilson, vão representar Moçambique na 15a edição do Festival de música e artes performativas – Bushfire 2022 – que vai decorrer no reino de Eswathine de 27 a 29 deste mês.

Trata-se de um dos maiores espaços de multiculturais ao nível do continente africano, pois reúne, anualmente, no vale do Malkerny, no vizinho reino de Eswathine, músicos provenientes de diferentes geografias à artistas diversos, para proporcionar aos respectivos públicos um momento único, caracterizado pela partilha de energias e saberes artísticos.

Em representação dos Chapa 100, um grupo de instrumentistas resultante da fusão entre artistas brasileiros e ex-estudantes moçambicanos no Brasil, Miguel Prista disse que participar do Bushfire representa um grande para o colectivo.

“Não queremos representar a ninguém, senão a nós próprios. O ímpeto deste movimento é poder desconstruir a cena do palco, música estar ao redor de todos e nós estarmos onde quisermos a fazer som e a bagunçar o status quo”, revelou.

Nas suas composições, Chapa 100 mistura ritmos e instrumentos populares brasileiros e moçambicanos, com uma predominância do Samba entre outros elementos predominantes nos carnavais brasileiros.

“Até o funk brasileiro já estamos a explorar, mas também tem algumas sonoridades daqui, como algumas composições dos Timbila Muzimba, que não sei se posso atrelar a um ritmo específico”, clarificou.

Festival BushFire de regresso ao regime presencial

O público vai poder, este ano, assistir e sentir de perto as emoções do festival de música e artes performativas – o Bushfire 2022 – após dois anos a acompanhar exclusivamente no formato virtual, por força das medidas restritivas da Covid-19.

Este ano, já na sua 15a edição, o Bushfire terá, em três dias, mais de 40 apresentações. Com início marcado para sexta (27), o festival vai se estender até 29 do corrente mês, obedecendo, claro, ao protocolo vigente contra a Covid 19.

De acordo com Gabriel Borges, que responde pela comunicação do festival em português, apesar de ser “um desafio” voltar a receber público depois de dois anos a ser assistido online, a quantidade e qualidade dos shows vão continuar as que fizeram deste megaevento uma referência regional.

“É uma comemoração, uma vitória, porque é muito difícil voltar com patrocínios, bandas e todas as dificuldades de um grande festival como esse”, assumiu Borges.

Entre as medidas de precaução, a produção adoptou a política de apenas receber uma audiência que esteja vacinada. O protocolo exigirá, a entrada, a apresentação dos respectivos cartões de vacinação para verificação.
“Priorizamos a segurança das pessoas dentro do recinto para que não haja uma situação em que as pessoas transmitam a doença de uma para as outras”, assegura Gabriel Borges, uma vez que o BushFire 2022 acontece num momento em que a África do Sul atravessa um momento crítico, relativamente à pandemia.

Ao “Mbenga”, Gabriel Borges recordou que o festival é um encontro que sempre acontece em espaços abertos, pelo que, com reforço ao protocolo de saúde vigente no reino de Enswathine, não haverá a movimentação de dinheiro físico.
“Todo o dinheiro lá é digital, as pessoas pagam num caixa e, depois, é que se utiliza são coisas aparentemente pequenas, mas num contexto de pandemia funcionam para evitar o contacto e a proliferação de uma doença”, esclareceu.

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