Instituições culturais mostram arte na Tela

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O colectivo de Instituições Culturais de Maputo irá lançar no próximo dia 9 de Dezembro, às 18.30 horas, a página web de Artes visuais moçambicanas, designada TELA (www.tela.org.mz), na Fundação Fernando Leite Couto (FFLC).

Esta iniciativa, que resulta da parceria entre a Associação Kulungwana, Fundação Fernando Leite Couto, 16 Neto e os Centros Culturais Camões, Franco-Moçambicano além do Moçambicano-Alemão e da Embaixada da Espanha, abrange disciplinas como: pintura, escultura, fotografia, desenho, artes digitais, colagem, instalação e cruzamentos multidisciplinares.

Estarão disponíveis na plataforma exposições realizadas pelas instituições envolvidas assim como as biografias e descrições do percurso dos artistas visuais moçambicanos, num cometimento de diversidade e empatia com diferentes audiências. A plataforma pretende ser um encontro com os artistas do país.

A Tela foi pensada como um espaço virtual que facilita o acesso a obras de arte e aos seus fazedores, contribuindo, com efeito, para a democratização do acesso a este privilégio da cultura.

O propósito é servir ao público em geral e a todos aqueles que se interessem por artes visuais, tais como galeristas, curadores, colecionadores etc. e contribuir para uma observação crítica, consciente e transformadora a respeito das raízes culturais moçambicanas, vistas à luz de exposições, individuais e colectivas.

Numa fronteira entre o real, que acontece nas exposições das galerias e, o virtual que chega aos internautas através da TELA, esperamos que navegando neste espaço possamos gerar mais entendimento e profundo conhecimento sobre diversos artistas e o movimento artístico contemporâneo moçambicano. Ainda mais neste contexto em que há pouca produção de pesquisas sobre o mundo da Arte em Moçambique.

Na TELA, emerge uma grande visibilidade do trabalho dos artistas, quer a nível nacional assim como internacional, que irá aumentar a oportunidade de se projectarem para novos horizontes e mercados.

 A gestão da plataforma é cuidadosamente realizada pelo colectivo de instituições culturais que a fundou. Esta equipa multi-institucional irá garantir o seu desenvolvimento e divulgação além da sua responsabilidade pela curadoria das exposições que estarão disponíveis para visita, gratuitamente.

A TELA funciona também como um repositório que vai crescendo com o tempo, capturando o passado e o presente da arte moçambicana, servindo assim como um suporte e um instrumento educativo para escolas e universidades dentro e fora do país. Este projecto conta com o apoio da União Europeia em Moçambique, entidade que, igualmente ajuda a realizar o Festival Gala Gala, outra iniciativa que envolve as mesmas instituições.

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É licenciado em Jornalismo, pela ESJ. Tem interesse de pesquisa no campo das artes, identidade e cultura, tendo já publicado no país e em Portugal os artigos “Ingredientes do cocktail de uma revolução estética” e “José Craveirinha e o Renascimento Negro de Harlem”. É membro da plataforma Mbenga Artes e Reflexões, desde 2014, foi jornalista na página cultural do Jornal Notícias (2016-2020) e um dos apresentadores do programa Conversas ao Meio Dia, docente de Jornalismo. Durante a formação foi monitor do Msc Isaías Fuel nas cadeiras de Jornalismo Especializado e Teorias da Comunicação. Na adolescência fez rádio, tendo sido apresentador do programa Mundo Sem Segredos, no Emissor Provincial da Rádio Moçambique de Inhambane. Fez um estágio na secção de cultura da RTP em Lisboa sob coordenação de Teresa Nicolau. Além de matérias jornalísticas, tem assinado crónicas, crítica literária, alguma dispersa de cinema e música. Escreve contos. Foi Gestor de Comunicação da Fundação Fernando Leite Couto. E actualmente, é Gestor Cultural do Centro Cultural Moçambicano-Alemão

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