Cleyde, Laliana e João vencem Concurso Literário Nó da Gaveta

Cleyde Pamela, representante da Zona Norte, João Baptista, da Zona Centro, e Laliana João Mahumane, da Zona Sul, venceram o Concurso Literário Nó da Gaveta.

O anúncio feito na segunda-feira, através das redes sociais do projecto, destaca a qualidade dos três contos, nomeadamente “O Sonho de Chinguana”, “As Aventuras de Manuelito” e “O outro lado das flores”, respectivamente.

As três obras, foram escolhidas após um escrutínio minucioso e renhido de sete textos finalistas, sendo quatro textos para Zona Sul, dois para Zona Norte e apenas um para a Zona Centro, não encontrando, por insuficiência de qualidades técnico-literárias um texto para a Zona Norte e os outros dois para a Zona Centro.

Os vencedores do Concurso Literário Nó da Gaveta têm entre 19 e 30 anos de idade, e são residentes das províncias de Nampula, Manica e Maputo.

Cleyde Pamela tem 20 anos de idade, nasceu e reside na cidade de Nampula. É uma Jovem apaixonada por artes e literatura, escreveu seus primeiros versos aos 12 anos que nunca chegaram a ser divulgados. Actualmente frequenta o Curso de Licenciatura em Arquitetura e Planeamento Físico.

Já João Baptista, de 30 anos, nasceu em Mwanza, Malawi. Registado sob o Posto Administrativo de Zóbuè, distrito de Moatize, província de Tete e reside em Manica. Venceu, em 2010, na Escola Secundária Geral Macombe – Gondola o concurso de redacção da SADC.

O jovem participou da antologia Memórias do Idai, uma colecção de crónicas literárias que resultou de um concurso promovido pela Editora Fundza. Participa em antologias nacionais e internacionais. Em 2021, seu texto “Os vendedores de sol e lua” foi um dos 12 selecionados para a Oficina de Ficção Narrativa organizado pela Fundação Fernando Leite Couto.

João Baptista tem escrito prefácios de livros e tem apresentado obras literárias de alguns escritores emergentes da Literatura Moçambicana.

Laliana João Mahumane, por seu turno, tem 19 anos e reside na cidade de Maputo. Jovem apaixonada por literatura, escreve desde os 15 anos. Apesar de ser apaixonada por literatura, é também apreciadora de artes.

No mesmo ano, fez parte de um grupo de dança e canto na escola em que frequentava. É membro de um grupo denominado Despertador da Mente, que visa a consciencialização de adolescentes e jovens sobre alguns assuntos relativamente a essa faixa etária. Actualmente, frequenta o Curso de Licenciatura em Ciência Política na Universidade Eduardo Mondlane.

Para além das obras vencedoras, o júri apontou os contos que assumem a segunda posição, merecedoras de menções honrosas. São, neste caso, A mão: a fibra para costurar a natureza, de Bapstista Américo (Zona Norte) e O Paíto e as panelas, de Teté Manuel Timana (Zona Sul).

As obras atribuídas menções honrosas, entretanto, não serão contempladas em publicações, pelo menos nesta fase do concurso. A posterior, segundo a organização, serão envidados esforços para a sua edição.

Recorde-se que o Concurso Literário Nó da Gaveta foi lançado a 18 de Agosto e distingue três trabalhos inéditos de ficção, sendo um no sul (Maputo, Gaza e Inhambane), outro no centro (Manica, Sofala, Tete e Zambézia) e outro ainda no norte (Nampula, Niassa e Cabo Delgado). As três obras premiadas, representando uma região do país cada, serão editadas pela Kuvaninga cartão d’arte, com recurso a capas de cartão reaproveitado.

A iniciativa é da Associação Cultural Nkaringanarte, em parceria com a Kuvaninga cartão d’arte, Helpo Moçambique e Associação Literária Kulemba, com o financiamento do PROCULTURA – Promoção do emprego nas actividades geradoras de rendimento no sector cultural, nos PALOP e em Timor-Leste, financiado pela União Europeia, co-financiado e gerido pelo Camões I.P., e co-financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian, e pretende premiar e publicar três obras autênticas no universo da literatura infanto-juvenil.

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