Camões abre a “JANELA INDISCRETA”

Se no ano passado enquanto a COVID surpreendia ao mundo portais internacionais pediam a escritores para escrever o que viam da janela, no dia 24 de agosto Mariano Silva irá mostrar o que viu, na exposição “JANELA INDISCRETA”, a inaugurar no Camões – Centro Cultural Português em Maputo.

O fotografo reuniu quarenta fotografias a preto e branco registadas a partir de uma única janela, a janela de um apartamento onde viveu numa das avenidas mais movimentadas da capital de Moçambique.

“O resultado deste minucioso trabalho é uma enorme diversidade de imagens, que entre temas, formas, relevos, luzes, afazeres dos protagonistas e respetivo espaço, poderia sugerir um percurso alongado pela cidade de Maputo e seus residentes”, lê-se no comunicado de imprensa que chegou ao “Mbenga”.

É precisamente nesta multiplicidade, prossegue o documento enviado pelo “Camões”, e também na perspetiva particular em que os registos foram capturados, que um simples cruzamento entre duas ruas (Av. Julius Nyerere e Av. Eduardo Mondlane) se torna tão interessante.

Este projeto da exposição “JANELA INDISCRETA” produzido em parceria com o Camões – Centro Cultural Português conta a colaboração do poeta e editor Mbate Pedro que descreveu o seu ponto de vista sobre esta particular série fotográfica.

“(…) Mariano lembra-nos, através das suas belíssimas representações, que a fotografia é também, a descrição dos caminhos que percorremos e tropeçamos e levantamo-nos para voltarmos a percorrê-los”, escreveu o poeta e editor da Cavalo do Mar.

O que almejam, continua Mbate Pedro, então alcançar esses corpos palmilhando caminhos tão vastos e distintos? Caminhos que se entregam ao rumor dos homens que os desbravam, sem deles esperar nada, assumindo-os apenas como se da sua natureza fossem. Eis uma possível reflexão a que Mariano nos convoca (…).

“JANELA INDISCRETA”, um projeto do Camões – Centro Cultural Português em Maputo, estará patente até dia 10 de setembro, de segunda a sábado, entre as 10h00 e as 15h30.

As visitas à exposição serão reservadas a um número limitado de pessoas e respeitará todas as medidas adequadas de higiene e segurança definidas pelas autoridades competentes.

Mariano André Lopes da Silva nasceu em Elvas (Portugal) a 5 de abril de 1976. Vive e trabalha em Maputo desde 2013. Licenciado em Engenharia Civil pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (Portugal).

Desde 2008 que a fotografia ocupou a grande maioria dos seus tempos livres tendo-se profissionalizado neste ramo, já em Moçambique, no ano de 2016. Como fotógrafo profissional executa os mais variados trabalhos para diversos clientes, com especial destaque para fotografia empresarial e eventos.

O leque de trabalhos efetuados permitiu-lhe adquirir uma vasta gama de experiências profissionais em vários sectores do ramo da fotografia.

Tem realizado exposições individuais, das quais destacamos as seguintes: “Deus nos Acudi”, Galeria Kulungwana (Maputo, 2020); África e Suas Gentes” (Sousel, Portugal, 2015); “1ª Edição do Finisterra Arrábida Film Art & Tourism Festival” (Setúbal, Portugal, 2012); “Raízes de Sal”, Centro Cultural Franco-Moçambicano (Maputo, 2010).

Tem participado também em exposições coletivas, das quais destacamos as seguintes: “Religiões e Crenças”, World Press Photo (Org. Embaixada do Reino dos Países Baixos), Jardim Tunduro, (Maputo, 2019); “1º Concurso de Fotografia de Arquitectura”, ARCHIMOZ – Associação de Arquitetos de Moçambique (Maputo, 2018); “Iha de Moçambique – A Ilha das Duas Cidades”, Galeria Kulungwana (Maputo, 2018); “600 Olhares”, comemoração dos 600 Anos do Cabo Espichel (Sesimbra, Portugal, 2010).

Vencedor de alguns prémios, dos quais destacamos os seguintes: 2º Lugar no Concurso “Ilha de Moçambique – A Ilha das Duas Cidades”, Galeria Kulungwana (Maputo,2018); 1º Prémio no Concurso de Fotografia sobre Religiões e Crenças no âmbito World Press Photo promovido pela Embaixada do Reino dos Países Baixos (Maputo,2018); 1º Prémio no Concurso de Fotografia sobre Aleitamento Materno promovido pelo Hospital Garcia de Orta (Portugal,2013).

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