Amanhã conheceremos HORTÊNCIO LANGA, O POETA DOS ACORDES

A morte de Hortêncio Langa deixou um vazio nas artes, que vamos tentando preencher – se é que é possível – celebrando o seu legado. É neste contexto que amanhã a Fundação Fernando Leite Couto realiza o lançamento do documentário HORTÊNCIO LANGA O POETA DOS ACORDES.

O evento a ter lugar às 18.00 horas na Fundação Fernando Leite Couto para convidados com transmissão nas páginas do Facebook da FFLC e TP50, dará à luz a um trabalho conjunto produzido pela EKAYA, TP50 e a FFLC. 

A película é composta por fotos, vídeos e depoimentos de amigos e da família, que buscam testemunhar e retratar as vivências com um dos maiores artistas que este jovem país viu nascer.

O objetivo é trazer a dimensão humana de Hortêncio Langa que foi músico, escritor, artista plástico e professor.

Hortêncio Langa perdeu a vida no dia 12 de Abril aos 70 anos no Hospital de Polana Caniço na cidade de Maputo, vítima de COVID-19.

De acordo com uma fonte familiar, o artista não resistiu a uma complicação pulmonar.

Hortêncio Ernesto Langa além de ser músico formado pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade Eduardo Mondlane foi também Docente de História da Música na mesma Instituição, tendo já sido professor de trabalhos manuais e de desenho em Escolas Secundárias.

Langa foi um artista multifacetado, reconhecido no espaço cultural moçambicano como músico, pintor e escritor. Compôs, executou guitarra e foi cantor que eternizou-se com obras que o colocam no Olimpo da música moçambicana.

A sua carreira musical define-se em 1963, quando, em Manjacaze, começou a tocar gaita, guitarra de lata e a cantar. Iniciou-se na guitarra com José Mucavel, seu amigo de infância e com 12 anos, em Chibuto, criou o seu primeiro trio com Wazimbo e Miguel Matsinhe, também seus amigos de infância, os Rebeldes do Ritmo.

Depois de integrar duas bandas enquanto cumpria o serviço militar em Nampula, e da banda afro-rock Monomotapa, com Arão Litsuri em 1979 se desloca a Cuba, Jamaica e Guiana, pouco depois da visita de Samora Machel àqueles países. Com a integração de João Cabaço, o duo passou a trio.

Langa e o seu trio participaram do Festival de Neubrandenburg, na então República Democrática Alemã. Da participação resultou um álbum de grande valor histórico e cultural para o nosso país.

Nos últimos anos, manteve a sua carreira a solo, com participação em concertos do TP50, conjunto do qual foi fundador.

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