Sustentabilidade do sector das artes entre as metas de Chonguiça na CTA

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Criar um ambiente de negócios favorável e sustentável para o Sistema de Artes está entre as metas de Moreira Chonguiça e o seu elenco, na presidência do pelouro de Indústria Criativa e Cultura das Associações Económicas de Moçambique (CTA).

“A nossa missão é expor aos parceiros os desafios que existem para que os empresários, investidores e agentes do sector possam desenvolver os seus negócios”, disse o saxofonista e etnomusicólogo, na manhã de hoje, em entrevista ao “Mbenga”.

Moreira Chonguiça, que tem como vice-presidentes Faizal António e Riaze Fateally, tomou posse ontem com a promessa de, durante os quatro anos de mandato, propor soluções que aliviem, influenciem parâmetros legais e estimulem mais investimento no sector das Artes.

A visão do músico, que dirige o Festival More Jazz Series, é criar um modelo de negócio integrado no contexto moçambicano e regional, a considerar: problemas locais, soluções locais. “Não somos uma ilha”, observou, assumindo que não pretende fechar portas.  

Chonguiça constatou que, actualmente, a arte ainda é encarada na sua perspectiva social, de tal modo que, por exemplo, o apoio que os projectos desta área recebem das empresas e ONG`s é encarado como Responsabilidade Social.

“Temos de convencer a sociedade, a partir da base, que a arte é negócio”, disse o Presidente do Pelouro de Indústria e Criativa e Cultura das Associações Económicas de Moçambique (CTA). “Os teus vizinhos”, exemplificou, “tem de perceber que a carreira de escritor, de actor, de músico está integrado num sistema de negócio”, concluiu.

Moreira Chonguiça é saxofonista de jazz moçambicano. Em 2010 iniciou um festival de jazz, Morejazz, em Maputo, através do qual convida artistas que tocam no festival a ministrarem master classes. Em junho de 2010, seu grupo The Moreira Project abriu o Standard Bank Jazz Festival em Grahamstown, no Cabo Oriental. É co-autor, juntamente com Manu Dibango, do álbum M & M, lançado em 2017.

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É licenciado em Jornalismo, pela ESJ. Tem interesse de pesquisa no campo das artes, identidade e cultura, tendo já publicado no país e em Portugal os artigos “Ingredientes do cocktail de uma revolução estética” e “José Craveirinha e o Renascimento Negro de Harlem”. É membro da plataforma Mbenga Artes e Reflexões, desde 2014, foi jornalista na página cultural do Jornal Notícias (2016-2020) e um dos apresentadores do programa Conversas ao Meio Dia, docente de Jornalismo. Durante a formação foi monitor do Msc Isaías Fuel nas cadeiras de Jornalismo Especializado e Teorias da Comunicação. Na adolescência fez rádio, tendo sido apresentador do programa Mundo Sem Segredos, no Emissor Provincial da Rádio Moçambique de Inhambane. Fez um estágio na secção de cultura da RTP em Lisboa sob coordenação de Teresa Nicolau. Além de matérias jornalísticas, tem assinado crónicas, crítica literária, alguma dispersa de cinema e música. Escreve contos. Foi Gestor de Comunicação da Fundação Fernando Leite Couto. E actualmente, é Gestor Cultural do Centro Cultural Moçambicano-Alemão

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