Conhecida lista dos 10 finalistas do prémio Oceanos 2020

Não há escritores moçambicanos entre os dez finalistas da edição de 2020 do prémio literário Oceanos, que distingue anualmente obras literárias publicadas em língua portuguesa.

Os escolhidos foram A Cidade Inexistente, de José Rezende (ed. 7 Letras), A Ocupação, de Julián Fuks (ed. Companhia das Letras), As Durações da Casa, de Julia de Souza (ed. 7 Letras), As solas dos pés de meu avô, de Tiago D. Oliveira (ed. Patuá), Autobiografia, de José Luís Peixoto (ed. Quetzal e TAG), A Visão das Plantas, de Djaimilia Pereira de Almeida (ed. Relógio d’Água), Carta à Rainha Louca, de Maria Valéria Rezende (ed. Alfaguara), Obnóxio de Abel Barros Baptista (ed. Tinta da China), Sombrio Ermo Turmo, de Veronica Stigger (ed. Todavia) e Torto Arado, de Itamar Vieira Junior (ed. Todavia e Leya).

Entre as dez obras finalistas do prémio, estão assim três livros de escritores portugueses (José Luís Peixoto, Djaimilia Pereira de Almeida e Abel Barros Baptista) e sete livros de autores brasileiros (os restantes), publicados em dez editoras distintas em Portugal e no Brasil.

O anúncio foi feito há dias, através de uma transmissão em direto pela internet, que incluiu uma apresentação dos autores finalistas e uma discussão das obras com os próprios escritores, que participaram através de videoconferência.

Já tinha sido revelada uma primeira lista de 54 semifinalistas da edição de este ano do prémio, que incluía 37 escritores brasileiros, 15 autores portugueses, um escritor moçambicano e um autor cabo-verdiano.

Esta pré-seleção foi feita por 88 especialistas oriundos de seis países de língua portuguesa, de professores de literatura a escritores, poetas e jornalistas.

O corpo de júris que selecionou as dez obras finalistas é constituído pelo crítico literário moçambicano Nataniel Ngomane, pelos portugueses Clara Rowland, Gustavo Rubim e Isabel Pires de Lima e pelos brasileiros Ana Paula Maia, Edimilson Pereira de Almeida e José Castello.

Um júri final irá agora avaliar as dez obras finalistas da edição de este ano do prémio, para eleger os três vencedores.

Em 2018, Luis Carlos Patraquim, com a obra “O Deus Restante” (Cavalo do Mar Edições, 2017) conquistou o quarto lugar do prémio, numa edição em que outros dois moçambicanos chegaram a lista final, designadamente “Música Extensa” (Alcance Editores, 2017), Rogério Manjate com “Cicatriz Encarnada” (Cavalo do Mar Edições, 2017) e Mbate Pedro com “Vácuos” (Cavalo do Mar Edições, 2017).

O prémio propõe-se a distinguir anualmente as melhores obras publicadas em língua portuguesa, tendo o patrocínio do Banco Itaú e da República de Portugal, o apoio do Itaú Cultural, do Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas de Cabo Verde e ainda o apoio institucional da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. A coordenação do prémio é assegurada por Selma Caetano e há curadores escolhidos em Portugal (Isabel Lucas), Cabo Verde (Adelaide Monteiro) e Brasil (Manuel da Costa Pinto).

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