“Diversidade” quer gerar emprego na Cultura

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GERAR emprego e renda, a partir das cultura e artes, é o propósito da Diversidade – Instrumento de financiamento para a diversidade cultural, cidadania e identidade, lançado este mês, no Camões – Centro Cultural Português, em Maputo.

Esta subvenção disponibiliza 600 mil euros, sendo que cada um dos seis Países Africanos de Língua Oficial Português e Timor-Leste (PALOP-TL) beneficia de 100 mil euros.

Prevê-se que a primeira avaliação de projectos propostos será feita no próximo mês. Apela-se aos candidatos a submeterem rapidamente, pois quanto mais cedo for aprovado, mais benefícios terá destes fundos.   

Helena Costa, coordenadora do Procultura PALOP e Timor Leste, disse que este instrumento é para a atribuição a pequenos projectos ou acções de pessoas individuais ou colectivas que possam contribuir para a criação de emprego adicional nos sectores culturais.

O mesmo, informou, está aberto a vários sectores desta indústria e vai permitir financiar projectos de 2 mil euros até 20 mil euros.

“Diversidade propõe inclusão, por isso pensa-se em projectos de pequena dimensão, pois o pequeno faz o grande”, disse, referindo igualmente que se incentiva a inserção da mulher nas propostas a ser apresentadas.

De modo a colocar todo o país a par desta iniciativa e descentralizar o acesso ao financiamentos, Helena Costa prometeu que nos próximos meses será feita a apresentação da ideia noutras províncias do país.

A expectativa, assumiu, é que sejam propostos projectos sustentáveis para que, quando não houver mais fundos, possam prosseguir.

É neste contexto que o projecto aposta na formação de recursos humanos, atribuindo bolsas de estudo nos níveis de licenciatura e de mestrado.

O “Diversidade” faz parte do projecto PROCULTURA, financiada pela União Europeia e gerido pelo Instituto Camões, em parceria com a rede de Institutos Culturais Europeus (EUNIC).

Entretanto falando na ocasião, Eldevina Materula, Ministra da Cultura e Turismo, disse que já há resultados palpáveis e apontou, como exemplo, estudantes do projecto Xiquitsi, que beneficiaram de bolsa de licenciatura em música, em Portugal.

“É uma iniciativa que está em consonância com os planos do Governo, que tem consciência do potencial deste sector”, prosseguiu, convidando os artistas a “apropriar-se do projecto que contribuirá para a melhoria da sua qualidade de vida”.       

Na cerimónia estiveram presentes os embaixadores da União Europeia, de Portugal em Moçambique, para além de vários artistas, produtores entre outros intervenientes na área  cultural.

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É licenciado em Jornalismo, pela ESJ. Tem interesse de pesquisa no campo das artes, identidade e cultura, tendo já publicado no país e em Portugal os artigos “Ingredientes do cocktail de uma revolução estética” e “José Craveirinha e o Renascimento Negro de Harlem”. É membro da plataforma Mbenga Artes e Reflexões, desde 2014, foi jornalista na página cultural do Jornal Notícias (2016-2020) e um dos apresentadores do programa Conversas ao Meio Dia, docente de Jornalismo. Durante a formação foi monitor do Msc Isaías Fuel nas cadeiras de Jornalismo Especializado e Teorias da Comunicação. Na adolescência fez rádio, tendo sido apresentador do programa Mundo Sem Segredos, no Emissor Provincial da Rádio Moçambique de Inhambane. Fez um estágio na secção de cultura da RTP em Lisboa sob coordenação de Teresa Nicolau. Além de matérias jornalísticas, tem assinado crónicas, crítica literária, alguma dispersa de cinema e música. Escreve contos. Foi Gestor de Comunicação da Fundação Fernando Leite Couto. E actualmente, é Gestor Cultural do Centro Cultural Moçambicano-Alemão

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