Filme moçambicano “Resgate” exibido em Portugal

O filme moçambicano “Resgate: quando o passado bate a porta” vai ser exibido em Portugal, entre os dias 8 e 14 de Agosto.

A película deverá passar no cinema Alvaláxia, na capital Lisboa e no Parque Nascente, no Porto. A expectativa dos produtores do filme, Mickey Fonseca e Pipas Forjaz, é que esta longa-metragem de 100 minutos venha a contribuir para uma maior representatividade das narrativas moçambicanas no cinema lusófono.

Por agora, as exibições continuam na pérola do índico. Segundo Forjaz, do dia 18 até esta data, já assistiram ao filme perto de 5 mil espectadores. Este número não satisfaz os produtores do filme, que consideram-no reduzido. 

“Cá em Moçambique pouca gente já foi ver o filme, mas dos que viram dizem que gostaram”, diz Forjaz, acrescentando que os números dispararam nos dias que as salas de cinema reduziram o valor do bilhete. “Significa que as pessoas querem ver o filme, mas o bilhete está um pouco alto para os bolsos nacionais”, esclarece. 

A expectativa da equipa de produção é ver o número de pessoas que vao assistir ao filme aumentar, tendo em conta o universo populacional das cidades de Maputo e Matola. “Para esse universo dessas duas cidades, 5 mil espectadores é pouca gente”, frisa Forjaz.

“Resgate” é uma ficção produzida totalmente por fundos moçambicanos. A longa foi rodada nas cidades de Maputo, Matola, distritos de Marracuene e Namaacha. O filme conta uma história de amor de um jovem, Bruno, que outrora tinha sido um bandido. Ao sair da prisão, após quatro anos nas celas, tenta levar uma vida honesta, juntamente com a sua esposa, Mia, e sua filha.

Depois de arranjar um emprego como sucateiro, é surpreendido por um empréstimo que fora contraído pela sua mãe e vê-se na eminência de perder a sua casa. O jovem acaba envolvendo-se, novamente, com a sua antiga quadrilha, para conseguir o dinheiro para pagar a dívida. 

“Resgate” é também um retrato dos crimes de rapto que abalaram o país. O filme reflecte, de igual modo, a dura realidade dos problemas de habitação e da falta de emprego nos centros urbanos, o que acaba empurrando os jovens a enveredar por uma vida dedicada ao crime.

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