(In) Disciplinados em palco

0
572

O CONJUNTO (In) Disciplinados apresenta hoje alguns dos temas do sonhado primeiro álbum, ainda em produção, no Cocktails & Dreams, em Maputo.

Fundado há seis anos pelo guitarrista Jimmy Dludlu, na Escola de Comunicação e Artes da Universidade Eduardo Mondlane (ECA–UEM), a banda é constituída pelo baterista Tony Guindo, o guitarrista Regino Matimbe, o baixista Domingos Aligema e pelo saxofonista Sarmento de Cristo.

O repertório do concerto será composto por interpretações de temas da música ligeira, como “Xonguile”, de José Barata; “Viola”, de António Marcos; “Drenagem”, de Zaida Chongo; e “Kihiyeni”, de Zena Bacar. Todos recriados na linguagem do afro-jazz.

Acrescentam-se ainda as composições originais de jovens, designadamente “Reflexão”, “Meninos de rua”, “Modjero”, “Sete vidas”, “Restart”, “Nyambaro”, “Indisciplinados”, “Love Life”, “Buya uta kina”, “Os químicos”, “Kuhava” e “Funk”. (In) Disciplinados trabalham a música nas linguagens do afro-jazz e afro-fusion.

A banda nasce na ECA-UEM, em 2014, pelas mãos do músico, compositor e intérprete Jimmy Dludlu, quando da introdução da cadeira “Assamble”, na Licenciatura em Música.

O nome (In)disciplinados surge devido aos consecutivos atrasos aos ensaios com o docente, pelo que Jimmy decidiu chamá-los de indisciplinados. “No princípio, éramos indisciplinados de verdade.

O professor, que era director musical da banda, marcava um ensaio, por exemplo, às 12:00 horas, mas alguns colegas chegavam às 13, outros não vinham nem justificavam a sua ausência”, lembra Domingos Aligema, numa entrevista ao site “Mbenga Artes e Reflexões”.

A falta de seriedade e assiduidade da banda levou Jimmy Dludlu a escrever uma carta de expulsão do grupo à direcção da ECA. Contudo, após um pedido de desculpas, a banda continuou e o nome ficou.

O significado do nome da banda, que pode sugerir mau comportamento, acabou convertido no sentido inverso. O quarteto decidiu colocar o prefixo “In” dentro de parênteses, passando a significar “dentro da disciplina”.

“Começou a revelar seriedade e maturidade, principalmente nas performances. A nossa actuação tem ‘indisciplina’, no bom sentido, é claro” conta, o baixista.

No domingo, por sua vez, a cantora e intérprete de afro-jazz Xemba apresenta-se no mesmo espaço.

Artigo anteriorO caos nas minhas costas
Próximo artigoCorrupção: O cancro que fustiga o trânsito
É licenciado em Jornalismo, pela ESJ. Tem interesse de pesquisa no campo das artes, identidade e cultura, tendo já publicado no país e em Portugal os artigos “Ingredientes do cocktail de uma revolução estética” e “José Craveirinha e o Renascimento Negro de Harlem”. É membro da plataforma Mbenga Artes e Reflexões, desde 2014, foi jornalista na página cultural do Jornal Notícias (2016-2020) e um dos apresentadores do programa Conversas ao Meio Dia, docente de Jornalismo. Durante a formação foi monitor do Msc Isaías Fuel nas cadeiras de Jornalismo Especializado e Teorias da Comunicação. Na adolescência fez rádio, tendo sido apresentador do programa Mundo Sem Segredos, no Emissor Provincial da Rádio Moçambique de Inhambane. Fez um estágio na secção de cultura da RTP em Lisboa sob coordenação de Teresa Nicolau. Além de matérias jornalísticas, tem assinado crónicas, crítica literária, alguma dispersa de cinema e música. Escreve contos. Foi Gestor de Comunicação da Fundação Fernando Leite Couto. E actualmente, é Gestor Cultural do Centro Cultural Moçambicano-Alemão

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here