(In) Disciplinados em palco

O CONJUNTO (In) Disciplinados apresenta hoje alguns dos temas do sonhado primeiro álbum, ainda em produção, no Cocktails & Dreams, em Maputo.

Fundado há seis anos pelo guitarrista Jimmy Dludlu, na Escola de Comunicação e Artes da Universidade Eduardo Mondlane (ECA–UEM), a banda é constituída pelo baterista Tony Guindo, o guitarrista Regino Matimbe, o baixista Domingos Aligema e pelo saxofonista Sarmento de Cristo.

O repertório do concerto será composto por interpretações de temas da música ligeira, como “Xonguile”, de José Barata; “Viola”, de António Marcos; “Drenagem”, de Zaida Chongo; e “Kihiyeni”, de Zena Bacar. Todos recriados na linguagem do afro-jazz.

Acrescentam-se ainda as composições originais de jovens, designadamente “Reflexão”, “Meninos de rua”, “Modjero”, “Sete vidas”, “Restart”, “Nyambaro”, “Indisciplinados”, “Love Life”, “Buya uta kina”, “Os químicos”, “Kuhava” e “Funk”. (In) Disciplinados trabalham a música nas linguagens do afro-jazz e afro-fusion.

A banda nasce na ECA-UEM, em 2014, pelas mãos do músico, compositor e intérprete Jimmy Dludlu, quando da introdução da cadeira “Assamble”, na Licenciatura em Música.

O nome (In)disciplinados surge devido aos consecutivos atrasos aos ensaios com o docente, pelo que Jimmy decidiu chamá-los de indisciplinados. “No princípio, éramos indisciplinados de verdade.

O professor, que era director musical da banda, marcava um ensaio, por exemplo, às 12:00 horas, mas alguns colegas chegavam às 13, outros não vinham nem justificavam a sua ausência”, lembra Domingos Aligema, numa entrevista ao site “Mbenga Artes e Reflexões”.

A falta de seriedade e assiduidade da banda levou Jimmy Dludlu a escrever uma carta de expulsão do grupo à direcção da ECA. Contudo, após um pedido de desculpas, a banda continuou e o nome ficou.

O significado do nome da banda, que pode sugerir mau comportamento, acabou convertido no sentido inverso. O quarteto decidiu colocar o prefixo “In” dentro de parênteses, passando a significar “dentro da disciplina”.

“Começou a revelar seriedade e maturidade, principalmente nas performances. A nossa actuação tem ‘indisciplina’, no bom sentido, é claro” conta, o baixista.

No domingo, por sua vez, a cantora e intérprete de afro-jazz Xemba apresenta-se no mesmo espaço.

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