Grammy de jazz para americanos

 

O pianista e compositor norte-americano Billy Childs, 60 anos de idade, arrecadou o galardão de melhor álbum de jazz instrumental de 2017, com o álbum Rebirth (Mack Avenue), na 60ª edição do Grammy, realizado em Nova Iorque.

O título do CD coincide com uma espécie de renascer de um “jazzmaker” que chamou a atenção da crítica especializada no início da década de 1990, numa série de quatro registos para o selo Windham Hill.

Dessa altura, o destaque vai para “Portrait of a Player”, de 1992, em trio com Tony Dumas (baixo) e Billy Kilson (bateria). Mais tarde, em 2006, o pianista conquistou um “gramofone de ouro” na categoria “melhor composição instrumental”, com a faixa “Into the light”, do álbum “Lyric: Jazz Chamber Music (Lunacy Music)”, interpretada por um sexteto.

Em Rebirth, álbum de jazz instrumental de 2017, o pianista lidera um quarteto com três outros músicos de prestígio: Steve Wilson (saxes alto e soprano), Eric Harland (bateria) e Hans Glawischnig (baixo). O trabalho é composto por oito peças, sendo que duas não são da sua autoria.

Essencialmente instrumental, em duas faixas, Rebirth (7m35) e Stay (6m), conta com os préstimos vocais de Claudia Acuña, e Alicia Olatuja, repectivamente.

O selo Mack Avenue está a comemorar também as conquistas dos “best jazz albums” de 2017 do Grammy nas divisões de vocalistas e de “large ensembles”, respectivamente, com o duplo Dreams and Daggers, de Cécile McLorin Salvant, e Bringin’ It, da big band do baixista Christian McBride.

Aos 28 anos, Cécile McLorin Salvant, começa a evidenciar-se em 2010, quando venceu a Thelonious Monk Jazz Competition. Em 2016, já tinha levado para casa o mesmo Grammy, por conta do seu segundo CD, “For One to Love (Mack Avenue)”.

No último referendo dos críticos da Downbeat, em Agosto do ano passado, foi eleita a melhor vocalista do momento, vencendo as já consagradas Dee Dee Bridgewater, Cassandra Wilson e Dianne Reeves.

Christian McBride, aos 45 anos, factura o seu quinto Grammy, como líder de pequeno conjunto ou da sua big band. Neste seu último álbum agora premiado, ele assina os arranjos de nove das 11 faixas, e impulsiona outros 16 músicos das da “Primeira Liga”, entre os quais os trompetistas Frank Greene e Freddie Hendrix; os trombonistas Michael Deese e Steve Davis; os saxofonistas Steve Wilson e Ron Blake; o pianista Xavier Davis e o guitarrista Rodney Jones.

No 60º Grammy, o vencedor na categoria “best Latin jazz album” foi o pianista-compositor argentino Pablo Ziegler – expoente do chamado “nuevo tango”, e há muito radicado em Nova York – com o CD Jazz Tango (Zoho Music).

Ziegler lidera um trio com Hector del Curto (bandoneon) e Claudio Ragazzi (guitarra) numa seleção de 10 peças, das quais sete de sua autoria. As outras três são joias do imortal Astor Piazzolla: Libertango, Fuga y misterio e Michelangelo 70.

(Adaptado de um texto do Jornal do Brasil)

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