Exposição Ecos do mar

Mar em exibição no Franco

 DSC_0149O poder e o mistério do mar é a inspiração que reuniu oito artistas de diferentes nacionalidades na sala do Centro Cultural Franco Moçambicano, no dia 24 de Maio, para a exposição colectiva “Ecos do Mar”


Exposição Ecos do Mar
Na sala de exposições do Franco pôde-se contemplar criações em diferentes técnicas e suportes, como pintura, desenho, escultura, foto, som ambiente, instalação e vídeo relacionado ao mar.
O mar se impõe como temática, acima de tudo como impulso, invocação. De uma forma a outra, de um artista a outro, de uma obra a outra, percebemos mares diversos, numa constante de traços do homem, marcas dos artistas”, conta a directora do Franco, Eden Marta, no momento da apresentação da exposição.
A iniciativa é “uma realidade graças ao papel preponderante do curador Mário Machilau, ele é que coordenou os artistas e criou todas as condições para a existência da exposição. A produção da exposição esteve a cargo de Mariana Camarate. Sem eles esta exposição não seria possível.” Contou a directora.
Moçambique participa na exposição com três artistas, Amilton Neves, Butcheca e Taiga Matimele. O Brasil foi representado pelo artista Marcelo Armani. A exposição também contou com a participação dos franceses, Stéphane Chuciani e Pierre Bussière, do sul-africano Breeze Yoko, e do burquinense Casimir Bationo (Caszib).
O artista plástico Taiga conta que o mar foi um tema imposto, mas isso não atrapalhou o seu processo criativo. “Meu trabalho é encarar desafios. Demorei 30 dias para fazer a minha obra de pintura plástica intitulada fundo do mar”, conta Taiga, para acrescentar que “Nesta obra reflecti a fantasia da profundidade do mar, os camarões, peixes a divertirem-se…”.
Os artistas que participaram da exposição conheceram-se no processo de organização final da exposição. “Conheci outros artistas na organização da exposição. Troquei ideias com eles, foi um bom intercâmbio”, esclarece o artista plástico Butcheca.
O artista participa na exposição com duas obras com o mesmo nome, O Poeta. Nas suas telas predomina o verde, alguns tons de castanho, e outras cores diferentes do azul. “ Quando olho para o mar, não vejo apenas o azul, encontro o verde das algas e outras cores”.
Butcheca conta que demorou um tempo para terminar suas obras. “ No momento que recebi a proposta de participar na exposição tive de ganhar inspiração. Fui várias vezes ao mar, e lá, consegui ganhar forças para criar minha obra. Não foi algo rápido, demorei três meses no processo de pensar e pintar a obra, concluiu.
A exposição é resultado de uma parceria entre a embaixada da França, o Instituto de Relações Internacionais (ISRI), a Escola de Ciências Marinhas e Oceânica, que fica localizado em Quelimane, província da Zambézia.
O edil de Quelimane, Manuel de Araújo, se fez presente na sala do Franco e considerou que a exposição tem um tema interessante.
Araújo defende que não importa o material usado para fazer a peça artística mas a criatividade do artista. “Não precisamos de instrumento que vem da lua para fazer arte. Podemos faze-la com qualquer material. Tudo depende da criatividade de cada artista. A arte não é determinada pelo bem-estar, mas pela nossa capacidade de inventar”.
O edil acrescentou no momento que “a exposição vai para Quelimane no dia 22 de Maio”.

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