“Meu sonho é ser actor de cinema”

Arménio Matavele

IMG-20140509-WA0007Arménio Luís Matavele é um jovem Actor formado em Teatro pela Escola de Comunicação e Artes (ECA) recentemente lançou a nova peça, Quando as Maquinas Param, que serviu como trabalho de final de Curso. Conheça o seu  percurso.


Foto: arquivo pessoal | Arménio Matavele

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Quando é que começa a sua carreira no teatro?
Quando eu estava na quinta (classe), fui convidado a participar numa formação de canto e dança pelo Mutubela Gogo, na casa da cultura patrocinado pela Dinamarca. Lá aprendi a dançar Niketche e das outras não recordo.
Em 1999 um amigo levou-me para assistir aos ensaios do grupo Mamos e ficamos como membros pois não tinham miúdos. No início carregávamos o figurino, as peças de roupa usadas durante as peças. Depois criaram peças infantis para nos enquadrar. Infelizmente o grupo faliu dois anos depois.
Fundou-se o grupo maminhos, que apresentava peças infantis, animava festas e ambientes infantis, esse grupo também faliu.
Tempos depois, meu padrinho, Elídio Waite, que trabalhava perto do Ngungu me inscreveu no Ngugulinho, participei do casting e passei. Tive uma capacitação de dois anos, aos sábados. Em 2003 finalmente apresentei a minha primeira peça nesta companhia, A Hora de Brincar.
Em que peças actuou?
No Nguguluzinho fiz Casa 2, T3, Ninguém é de Ninguém e várias outras. Houve uma reforma na companhia Ngugu e todos os grupos passaram a chamar-se Ngungu. Neste grupo que actualmente sou membro, contracenei nas peças Mercador de Veneza, Beijo no asfalto, Personagens em busca de um actor, Três irmãs, Doente imaginário, Quando as máquinas param, Destinos traçados e outras que não me lembro agora «sorrindo».
Qual foi a peça que lhe lançou?
É complicado, mas analisando a minha carreira, para mim foi “Quando as Máquinas Param“, mas as pessoas falam da peça Destinos Traçados, com o personagem Bob “brother Love”.
O que é que o levou a formar-se em Teatro?
Em 2009 vi que a ECA tinha esse curso e vi nele a oportunidade de me profissionalizar. Como forma de estar próximo do Cinema, pois o meu sonho é ser actor de cinema.
Para além do Teatro faz alguma outra actividade?
Em 2013 fiz meu estágio no Centro Cultural Municipal Ntsindya. Eles gostaram e me convidaram a dar aulas a grupos amadores, para dota-los de instrumentos teóricos que lhes serão úteis no exercício de suas actividades. Também sou publicitário. Já fiz várias peças de publicidade, spots radiofónicos.
Arménio, quais foram os momentos marcantes da sua carreira?
Foi ter participado no filme Quero Ser Uma Estrela. Foi uma experiência boa, estava no primeiro ano da faculdade. Trabalhei com actores profissionais, aprendi muito. Na nossa área a experiência conta muito e essa foi a única.
Terminou no ano passado o curso de Teatro, defendeu este ano, representando Quando as Máquinas Param. Fale-nos desta peça
Quando as Máquinas Param é um clássico brasileiro, escrito em 1967, mas que se enquadra no nosso actual contexto moçambicano. Muitos jovens se identificaram com a peça, pois tem aspectos que tocam a mim como jovem. A peça foi fruto de muita pesquisa. Com ela consegui tocar aos intelectuais, e recebi boas críticas deles, assim como dos menos instruídos.
A peça também toca uma parte de mim, apresentei-a como meu trabalho do fim de curso. Alcancei o objectivo traçado.
Onde mais pensa levar a peça?
Inicialmente o meu projecto era apresentar o espectáculo a nível da faculdade. Mas tenho planos de levar a peça em mais locais, festivais nacionais e internacionais, divulga-la mais.
Quais os planos futuros?
A ideia é trabalhar mais e explorar essa minha peça teatral.

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