Mateus Nhamuche, um dos nomes mais promissores da cena cultural moçambicana, será o responsável pela orientação da Oficina de Salto à Corda, marcada para amanhã, 29 de Março, no Centro Cultural Franco-Moçambicano (CCFM).
Formando em Teatro na Universidade Eduardo Mondlane (UEM), Nhamuche é membro fundador do colectivo A Palhota Artes e acumula uma vasta experiência nas áreas de interpretação, encenação, dramaturgia, figurino, iluminação e produção. O seu trabalho reflete uma profunda ligação com as tradições culturais moçambicanas, especialmente no campo da performance e da educação artística.
A oficina, destinada a crianças entre os 6 e os 12 anos, decorrerá das 10h00 às 12h00 e propõe-se resgatar jogos tradicionais, com especial enfoque no salto à corda, um dos mais antigos passatempos infantis, que favorece o desenvolvimento da coordenação motora e do equilíbrio. Além de ser uma actividade lúdica, o salto à corda proporciona uma forma de socialização e cooperação entre os participantes, ao mesmo tempo que os desafia a trabalhar aspectos como a agilidade e o trabalho em grupo.
No espaço acolhedor do CCFM, conhecido pelo seu papel na promoção da cultura e da aprendizagem, a oficina surge como uma oportunidade para as crianças não só se divertirem, mas também explorarem novas formas de interação e aprendizagem. A inscrição para a actividade, que é gratuita, mas obrigatória, pode ser feita até hoje, 28 de Março, directamente no Centro Cultural.
Nhamuche tem um percurso artístico diversificado, tendo já trabalhado com alguns dos grupos teatrais mais emblemáticos de Moçambique, como Mutumbela Gogo e Inversos, além de colaborar com vários artistas de renome. A sua carreira inclui papéis de destaque em várias produções, entre elas “As Trinta Mulheres de Muzelene”, “Homenagem a Ungulane Baka Khosa” e “Babalaza das Hienas” (encenada por Lucrécia Paco), além de participações em peças como “As Vidas do Saco Plástico” e outras. O actor e iluminotécnico teve a oportunidade de realizar um estágio em França, no âmbito do festival de dança contemporânea KINANI, que tem vindo a afirmar-se como o maior evento do género em Moçambique. A sua dedicação ao teatro e à promoção da arte em Moçambique faz dele uma referência na cena cultural do país.