The Watchman Movement:  O hip-hop ainda é das ruas

 

Já com três músicas lançadas cá para fora e uma dezena de gravadas, a BGM Records quer devolver o hip-hop às ruas, começando pelas do bairro de Bagamoio e depois uma expansão mais nacional. É o hip-hop a ser hip-hop. E há um nome por trás disto, Watchman Boss, nascido no bairro de Bagamoio onde começa a fazer rap nos idos de 2006. BGM, o grupo no qual se notabilizou como rapper agora regressa com nova roupagem: The Watchman Movement. Um nome que, se é verdade faz referência ao patrono, não é menos verdade que sugere um grupo atento ao que acontece e que se inspira com o que veem à volta. “Estamos no mercado para provar e demonstrar o nosso real valor” disse. É um espasmo à superfície, depois do grupo se ter desfeito pelos caminhos que alguns membros tiveram de seguir. “Eu, em particular, fui à Tropa em 2010 e quando regressei alguns membros do grupo tiveram a oportunidade de estudar no exterior. Regressados do exterior estão a trabalhar nas diversas províncias do nosso belo Moçambique”, afirmou Watchman Boss, o patrono deste retorno.

Volvidos mais de dez anos, após o interregno no mundo do hip-hop, decidiu regressar às lides do Rap e investir com fundos próprios nos rappers da sua geração que tiveram seus êxitos ao nível local. As composições contam com a participação de vários rappers do Bloco V, que pertence ao Distrito-urbano de KaMubukwana. E as produções tem o peso da mão de produtores como Notas de Prata e Scoco boy, que assina a faixa “Orquestra do Rap”, com videoclipe filmado e disponível no YouTube e em outras plataformas digitais. “Já temos mais de dez músicas gravadas e três vídeos clipes e acredito que nos próximos tempos os vídeos serão assistidos na principal cadeia televisiva nacional e nos programas de entretenimento. Temos o projecto de gravar um Álbum com este Movimento”, referiu.

 O caminho ainda é feito nas e pelas ruas. Talvez por aí percebamos uma despreocupação em subir ao palco. “O principal objectivo deste reencontro é deixar o seu legado no mundo hip-hop”. Também por isso está em perspectiva a gravação do primeiro CD.

Mas, num mercado como o moçambicano, em que a sustentabilidade dos músicos – rappers incluídos – está baseada nos espectáculos às parcerias são a mão no ombro da BGM Records. “O grupo conta com parceiros A Metical e a Way Star Beat’s, ambos Estúdios. Na gravação de vídeos clipes, tenho o apoio da Lead Film ‘s “.

 Os membros da Watchman Movement

Guillas (produtor); Waystar beatz (produtor); Tutas Kelly (rapper); Eddy Cash (rapper); Jr. Máfia (rapper);  Mic Face (rapper); Viino (rapper); Maninga P (rapper);  Makhala (rapper) e o Monjane (rapper). 

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