Desfile mirim anima Moda Baía 2023

O primeiro rostinho mirim a aparecer na passarela da segunda edição do Moda Baía 2023 tinha o aspecto tímido, mas desfilava como se uma modelo profissional fosse. A aparência era de 6 anos, mas o talento era de adulta.

Não tardou e o público, que estava em silêncio, imediatamente começou a aplaudir e a esticar os smartphones para registar aquele momento.

Iam entrando, uma a uma criança, mostrando o que de melhor podem fazer, afinal, de contas, era domingo e o evento estava reservado ao desfile de bambinos, que estariam vestidas de roupas correspondente às suas idades.

Com o objectivo de contribuir para o desenvolvimento da indústria da moda no país, lojas de roupas infantis e estilistas abraçaram a causa deste que pretende ser um programa anual, Moda Baía. Pôde-se apreciar a criatividade que os estilistas tiveram em unir panos para dar vida àquelas que seriam futuras favoritas peças de roupas dos mirins. As lojas não ficaram para trás, apresentaram as suas colecções para atenderem à demanda das estações primavera e verão.

Com rostos risonhos e poses infantis muito criativas e bem ensaiadas, foi possível ganhar a atenção do público que ali esteve a acompanhar o desfile. Mesmo em um dia de temperatura baixa, alguns utentes se fizeram ao Baía Mall para passar a tarde de domingo e outros, saíram mesmo com a intenção de acompanhar o evento.

Para Maria Elisa, que acompanhou o desfile mirim, a iniciativa, cujo intuito é de dar oportunidades às crianças, é louvável, pois incentiva-as, desde cedo, a praticarem, com excelência, aquilo que gostam. Quando mais nova, desejou ser modelo, disse ela e afirmou “Se na minha época tivessem oportunidades como estas, estaria mesmo na área, se calhar. Estar aqui a acompanhar o evento é porque tem esse bichinho da moda em mim, gosto bastante, aprecio, acho tudo muito lindo.”

A pequena Tífani Tinga, que esteve a desfilar, comunga da mesma lógica e presa por mais iniciativas que deêm oportunidades aos outros. Às meninas que também desejam estar no mesmo lugar que o dela, ela espera que tenham “Oportunidade, como eu, que aprendam a desfilar aqui no Baía Mall ou noutro sítio”.

Neide João, que esteve a acompanhar o evento, segredou-nos que também teria muito gosto em ser modelo, principalmente após acompanhar de perto “A alegria e emoção das crianças”, o que a contagiou e fê-la sentir vontade de voltar ao passado “Com certeza estaria ali.”

Já, modelo mirim Kayanne Nhantumbo disse que esta foi a sétima vez que desfilou. Ela reconhece que esta oportunidade, ainda em tenra, fará com que, no futuro, esteja mais preparada: “Quando és criança e modelo, quando cresces, tens uma carreira mais grande”.

Ela tem a actriz brasileira, Thaís Araújo como inspiração: “Gosto da maneira que ela este e fala.” completou.

Foi um palco partilhado por diversas crianças de diferentes faixas etárias, que soltaram os seus corpos e venderam o seu talento para o público que desejou assistir ao Moda Baía 2023, no centro comercial Baía Mall, que é frequentado por pessoas que vão à procura de respostas às suas necessidades.

A noite foi animada pela cantora moçambicana, Dama do Bling, que cantou e dançou as suas músicas, acompanhada de suas de suas dançarinas e mais outras crianças que se atreveram em mostrar os dotes na dança.

Recorde-se que  foram 22 crianças que desfilaram no Moda Baía, evento que visa contribuiu para o desenvolvimento da indústria da moda no país. No total foram nove colecções concebidas ao detalhe para os petizes.

De mais de uma centenas de crianças inscritas, foram selecionadas 22 para o grande desfile, que tem como mote a primavera, caraterizada por roupas concebidas para suportar manhãs quentes e as noites mais frias.

Segundo a organização do evento, optou-se pela primavera, pois é uma estação que inspira a criatividade e activa o imaginário dos petizes. “Em Moçambique não temos a primavera, no entanto, vivemos dias em que temos mudanças de temperatura que se assemelham as vividas nesta estação. Assim, pensamos em looks que possam se adaptar facilmente. Assim, as roupas a serem mostradas são adaptáveis, para garantir o bem-estar dos mais novos”, apontaram.

“Para nós moda é mais do que investir em roupas bonitas, queremos criar uma cadeia de valor que coloque os actores da cadeia interconetados, criando base para que a indústria seja sonante e eleve o nome de Moçambique”, disse Lisié Champier,  Lisié Champier, Gestora de Marketing do Baía Mall, entidade que organiza o evento.

O Moda Baía quer se manter como um influenciador, pois um centro comercial é o lugar frequentado por pessoas à procura de respostas às suas necessidades. Portanto, é um ponto estratégico, um lugar para que os estilistas nacionais possam expor a sua criatividade.

O evento atingiu, directamente, mais de 4 mil pessoas e chegou a milhões através das redes sociais. Nos desfiles foram demonstradas as novas colecções das lojas e tendências internacionais, agrupar a criatividade, o conhecimento e desenvolvimento cultural dos moçambicanos.

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