Ghorwane, Roberto Chitsondzo e Adenilda Munguambe na 5° edição do festival “Artes à Rua” em Portugal

Moçambique esteve entre os dez países do mundo presentes na 5ª edição do festival “Artes à Rua”, que decorreu de 5 a 10 do mês em curso, em Évora, Portugal. O mesmo contou com mais de 8000 espetadores e participantes nas mais diversas actividades.

Coube a banda Ghorwane, que este ano celebra quatro décadas de palco, emprestar a voz do país no evento, através de uma performance cujo repertório incluiu uma revisitação antólogica da sua discografia.

Roberto Chitsondzo e Adenilda Munguambe são os outros dois moçambicanos que tiveram os seus nomes na programação. No seu projecto a solo, Roberto interpretou músicas do seu álbum “Kwiri” e Munguambe apresentou a a oficina de música, intitulada “Músicas do mundo, Música da nossa infância”.

Foram no total duzentos e oitenta artistas e convidados oriundos de Afeganistão, Angola, Argentina, Brasil, Cabo Verde, Espanha – Galiza e País Basco, Guiné-Bissau, Mali, que apresentaram 26 espetáculos. Entre os quais se destacam Celina da Piedade, Duarte, Mallu Magalhães, Nancy Vieira, Oumou Sangaré e Pedro Mafama.

“A descolonização do pensamento” e “A igualdade de género” foram os temas desta edição, que inclui uma programação variada durante os seis dias do festival, realçou a organização.

No mesmo contexto, foram realizadas quatro oficinas, que incluiram dois passeios pelo património, duas conversas, três ‘podcasts’ ao vivo, uma apresentação de um livro e uma ação de formação destinada a artistas e profissionais que tenham interesse em adquirir mais conhecimento na área da gestão de carreira e agenciamento para auxílio à internacionalização dos seus projetos, organizada pela WHY Portugal.

A programação do dia de abertura incluiu o espetáculo “Assim Devera Eu Ser”, que apresenta as canções de Amália como “proverbiais histórias que ensinam tanto quanto encantam”, e um concerto, no jardim público, com Oumou Sangaré, do Mali, e Celina da Piedade, que teve como convidada Uxia.

O último dia do festival ficou marcado pelo espetáculo São Jorge Batido, de Jonas, que esgotou a lotação do Teatro Garcia de Resende, aquecendo o ambiente e os espectadores para a sessão dupla de concertos na Arena d’Évora, que encerrou a programação durante a noite, com a apresentação de Monda e fechando em ritmo de dança com Ghorwane.

Para o diretor artístico do festival Artes à Rua, Luis Garcia, “o festival vestiu muitas peles de muitas cores, mostrando que os nossos corpos são uma pátria comum, ligada pela música, pelas artes, pelas culturas dos povos“, assumindo o regresso de mais uma edição em Évora no Verão de 2024.

Já para o Presidente da Câmara Municipal de Évora, Carlos Pinto de Sá, presente no encerramento, o balanço é bastante positivo “antes demais, o festival é claramente um cruzamento de culturas, um cruzamento de criadores, de artistas”.

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