Agnaldo Bata percorre “Nas Bordas do Arco Íris” em conversa

Ana Tomé e Pretilério Matsinhe conversam hoje, pelas 17h30’ na Casa do Professor com Agnaldo Bata, em torno do seu livro “Nas Bordas do Arco-íris”, um romance de histórias e estórias.

O livro retrata as vivências Gabrielle Galliard, uma jovem enviada a moçambique para averiguar as causas inexplicáveis do fracasso de um projecto social desenhado por uma organização não governamental francesa para prover água a um distrito que é assolado por seca prolongada.

Na sua busca, a protagonista é impedidas a mergulhar num passado colonial, onde vê-se imersa na complexa história de uma família que residia no palco da iniciativa que a trouxe e é obrigada a exumar memórias aparentemente arquivadas. Para encontrar a resposta pretendida.

Gabrielle percebe que terá também de questionar a sua própria identidade e reflectir sobre as suas (in) certezas existenciais.

O livro começa a ser escrito entre 2014 e 2015. Inicialmente, foi redigido para a dramaturgia para ser apresentada no Festival Internacional de Teatro de Inverno.

Esse primeiro texto, intitulava-se “O preto Branco”, e esteve em cartaz durante dois anos em Maputo e em 2017, surge a ideia de transformar a obra em romance.

A residir na França, na altura, Bata foi escrevendo. Mas só em território gaulês, o autor afirma ter encontrado a matéria-prima que julgou que faltava. Daí ter concluído.

Os leitores, amantes de livros e estórias poderão ouvir mais do romance histórico que visa, acima de tudo, questionar certezas sobre temas aparentemente esgotados e esquecidos.

Temas como a interculturalidade, diversidade racial e mudanças climáticas. “Nas bordas do arco-Íris é para todos aqueles que desejam viajar para além do arco-Íris”.

Estes encontros, de conversas e leituras são protagonizados pela Catalagus, o portal de actores criado para mapear, registar, promover e difundir autores.

Agnaldo Bata nasceu no início da década 90 no bairro do Chamanculo, periferia da cidade de Maputo.

É mestre em sociologia e acredita na equidade de género e no respeito pelos direitos humanos. Em 2017 publicou a obra “Na terra dos sonhos”, prémio revelação do concurso do Banco de Moçambique para novos talentos.

Em 2019 publicou “Sonhos manchados, sonhos vividos” Menção honrosa da IIª edição do prémio Imprensa Nacional/Eugénio Lisboa. Antes, fez e escreveu teatro por cerca de seis anos com o grupo teatral Skhendla.

O Festival Internacional do Teatro de Inverno, organizado pela associação Girassol, era a sua maior casa e “A Queda do Império de Gaza” um dos seus icónicos trabalhos.

Os seus contos figuram de diversas antologias nacionais e internacionais, dentre elas “Contos para ler em casa” (2020), “Contágios” (2022) e “Espíritos Quânticos” (2022).

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