Fazer poesia para mudar a sociedade

A Palavra e Palavras Eventos em parceria com o Festival Amor à Camisola, realizou neste sábado, 02 de Setembro na Fundação Fernando Leite Couto uma Oficina de Poesia Falada no Contexto da Cidadania

Trata-se de uma conversa de conscientização de jovens poetas e fazedores de artes no geral sobre a importância da comunicação para a mudança de atitudes e como forma de exercer a cidadania, sob lema “Oficina de Poetry Slam no contexto da Cidadania”.

Moz Slam é um movimento que visa promover concursos de poesia falada. Iniciado em 2018, é onde os poetas juntam-se para levar mensagens de crítica aos diferentes fenómenos sociais, políticos e religiosos em forma de poesia falada ou declamada.

Festival Amor a Camisola, é um movimento juvenil e que já vai na sua 7° edição, que se manifesta através da Arte, Desporto e Saúde. No âmbito da celebração da diversidade cultural urbana incentiva aos adolescentes e jovens a optarem por uma vida mais saudável.

Ambos os projectos decidiram unir e criar esta oficina que contou com as oficinas de:
comunicólogo e jornalista António Jorge, Rapper Simba Sitoi, Escritora e Poetisa Matilde Chabana que falaram da importância da cidadania para a poesia além de actividades diversificadas realizadas pelos poetas participantes do evento.

A cidadania, a comunicação e o valor de ambos, estiveram no centro dos requisitos para uma poesia capaz de trazer mudanças na sociedade, pois se a comunicação por si só deve trazer mudanças e quando não for capaz de levar quem ouve a mensagem a tomar uma atitude face ao problema então considera-se ineficaz.

“Quem não exerce a cidadania é inútil para a sociedade”, frisou António Jorge, que acrescentou a importância dos fazedores da arte, seja musica ou poesia, tomarem cuidado com os exemplos negativos e pessimistas, pois estes podem alavancar comportamentos idênticos e adversos aos que se pretendem ao se fazer uma crítica e no lugar disso, “vender um sonho” para que quem vá receber a mensagem tome atitudes, sobretudo positivas.

Igualmente, o jornalista falou da importância da pesquisa para se fazer uma comunicação que vise a mudança de atitude no receptor pois todos os problemas socias, políticos ou religiosos devem ser discutidos a partir da génese e não das consequências.

Para fazer a ponte entre a comunicação e cidadania, Simba Sitoi levantou a questão da valorização, não só dos artistas mas também das coisas em geral, pois segundo o poeta e rapper, a partir do momento em que colocamos o valor e nas coisas que fazemos, começamos a trata-las com mais zelo.
“A valorização começa em nós, quando tomamos atitude e é muito importante para poetas e rappers”. Ambos grupos eram os alvos primários desta oficina por se considerar que esses têm o poder e liberdade de expressão para despertar várias mentes e vontade de mudança de comportamento.

Nesta formação, os poetas (slamers) tiveram a oportunidade de ouvir da Matilde Chabana e Hamilton Chambela técnicas como fazer a poesia falada, as técnicas para o desempenho em palco e ainda espaço para que pudessem dizer a sua poesia no exercício da cidadania para o combate ao suicídio.

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