“Brumas desfeitas, clausuras desnudadas” de Elísio Miambo explora alquimia

“Brumas Desfeitas, Clausuras Desnudadas”, livro de Elísio Miambo, apresenta-se, na interpretação de Sílvio Ruiz Paradiso, seu prefaciador, como um alquimista das letras e arrisca-se livremente em versos densos e profundos.

Paradiso refere que, esta colectânea de poemas, que foi lançada na quinta da semana passada, Instituto Guimarães Rosa em Maputo, capta-se um eu-lírico habitado por muitos, cujo criador se divide em dois: um moderno e um clássico.

O produto final, prossegue, é um texto que estranhamente desliga o leitor do mundo visível, o que conduz a um mundo de imagens criadas pelo lirismo reflexivo, em que desfia temas subjectivos, ontológicos e introspectivos.

No evento de lançamento, coube ao docente universitário Aurélio Ginja fazer a apresentação do mesmo.

O livro de Elísio Miambo foi seleccionado na segunda chamada literária da Editorial Fundza 2022/23. É descrito como como um livro uma obra que carrega uma carga emocional, pois o eu-lírico, tal qual o herói trágico, passa de felicidades e infelicidades ao longo dos poemas.

Consequentemente, os textos permitem a quem lê viver um conjunto de experiências que se mesclam no tamanho do verso.

Elísio Miambo é escritor, ensaísta e docente inserido na Associação Cultural Xitende, um movimento cultural que dinamiza a literatura na Cidade de Xai-Xai. Tem textos publicados nos jornais O País e Notícias, no blog RectasLetras (no qual cria e administra conteúdos), Revista Mapas do Confinamento e em diversas antologias.

Co-organizou duas Antologias poéticas: Vozes do Hinterland (2014) & No cais do amor (2022). Em 2020, publicou o seu primeiro livro de poemas intitulado Retroalimentações do Ego.

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