Através de sua máquina de fotografar, Yasmin Forte, alcançou níveis que jamais imaginou. A persistência e a paixão pelo que faz, são os factores que influenciaram no seu posicionamento no mercado das artes.
A artista formou-se em comunicação e, mais tarde, apaixona-se pela fotografia, “de alguma forma elas complementam-se e eu acabo fazendo as duas coisas”, narra explicando ainda que, através da fotografia, comunica.
Mas não é só de artes que se faz o mundo da fotógrafa. Yasmin trabalha na Rádio Moçambique, entretanto, este trabalho não impede-na de fazer o trabalho da fotografia, até porque sente que a fotografia completa-na em termos profissionais. “Por eu ser uma pessoa bastante activa, gosto dessa coisa da corrida do dia-a-dia. Eu saio do serviço e depois consigo fazer o meu trabalho, de poder estar com outras pessoas, conhecer outras pessoas, poder desafiar-me e descobrir novas”, explica.
Gostaria de fazer mestrado em artes
Yasmin confessa que são muitas as metas por alcançar. Espera terminar o curso de fotografia que está a fazer, em Joanesburg. Para além disso, deseja circular pelo mundo, com vista a mostrar a sua arte. Entretanto, sua maior meta é fazer omestrado em artes. “Em cinco anos, eu espero estar a fazer mestrado nas artes”, partilha.
A pequena exposição no Scala que deixou confiante
Findo o curso de fotografia, Yasmin e seus colegas, realizaram uma pequena exposição no Scala. Yasmin vendeu suas primeiras fotos na mesma exposição, o que despertou, em si, muitasatisfação, bem como a fez acreditar que tinha nascido para fotografar. “ Eu sempre acreditei que havia de descobrir alguma coisa que eu realmente gostasse porque eu via que as pessoas, tinham, além do trabalho, coisas que gostavam de fazer e que tinham paixões por fazer essas coisas”, esclarece.
Acrescenta ainda que “ não tinha descoberto essa coisa, então quando fiz aquele curso, fiz aquela exposição e vendi aquelas fotos, e nem foi muito o valor da venda, mas aquilo foi uma satisfação e eu disse “nao, é mesmo isto”.
Para além da exposição, vem lhe na memória, o tempo em que esteve em residência, em Cabo-Verde e quando os seus colegas, professores, convidam-lhe para fazer algum trabalho ou curadoria. “Quer dizer, é tu olhares para ti e tu veres que as pessoas acreditam em ti, pessoas que já foram teus professores, pessoas que já estiverem contigo em outras situções”, conta Yasmin Forte, realçando a sua gratidão.
Estar posicionada no mercado permite que se exponha mais
Não é típico de Yasmin Forte, fazer planos regularmente. A artista conta que pelo facto de já se encontrar posicionada no mercado, recebe distintos convites para participar em trabalhos mais vezes, facto este que permite que se exponha regularmente. “O bom de tu já estares no mundo das artes, quando já teres alguns conhecidos e seres um pouco conhecida pelo teu trabalho, as coisas acontecem naturalmente, os convites para participar em algumas exposições e para fazer alguns trabalhos”, explica.
Yasmin, realiza os seus projectos, bem como faz trabalhos empresarias e para a revista. Tem estado a trabalhar com a revista Índico e concorre para alguns concursos internacionais. “Vou me desafiando porque é importante mostrarmos ao mundo aquilo que estamos a fazer, não podemos só ficar fechados na nossa caixinha, no nosso mundo”, narra.
É possível fazer arte em Moçambique
Uma mulher que faz o trabalho há muito tempo e ainda mantém esse trabalho, Yasmin, acredita que isso seja o que a torna uma referência. “E fico feliz que possa deixar aberto para que outras mulheres e outras pesooas possam ver que é possível fazer arte em Moçambique”, explica, acrescentando que vários são os desafios da arte em Moçambique, entretanto é importante que as pessoas corram atrás de seus sonhos e façam aquilo que gostam.
Esta matéria está integrada no Diversidade, produzido pela plataforma Mbenga Artes e Reflexões, conta com o apoio DIVERSIDADE, um instrumento de financiamento do PROCULTURA PALOP-TL – Promoção do Emprego nas Atividades Geradoras de Rendimento no Setor Cultural nos PALOP e Timor-Leste, financiado pela União Europeia, cofinanciado e gerido pelo Camões, I.P., em parceria com a rede de Institutos Culturais Europeus (EUNIC).