Não há dinheiro para as artes plásticas

O Presidente do Núcleo de Arte, André Macie, lamenta que as dificuldades que os artistas plásticos enfrentam para a criação de novos públicos devem-se à falta de apoio financeiro.

O artista plástico falava na Webinar intitulado “Artistas e galerias. Que reinvenções no novo mundo?”, transmitido na página do Facebook e no canal do YouTube, do Centro Cultural Franco Moçambicano.

Organizado pela Plataforma Mbenga Artes e Reflexões, a sessão de conversa teve como convidados, para além de André Macie, que é presidente do Núcleo de Arte, o artista plástico, Ventura Mulalene.

“Sempre que desenhamos um projecto, não conseguimos dinheiro no Estado ou em empresas nacionais”, lamentou que, entretanto, “temos de ir buscar as embaixadas”.

Nesta altura, prosseguiu André Macie, o Estado devia ser o maior provedor, sobretudo porque Moçambique é um país maioritariamente jovem.

“O Estado é que devia estar na vanguarda e já houve tempos em que sentimos o seu apoio mas isto foi antes de 1992 e o suporte não era só financeiro, sentíamos-nos integrados e respeitados na sociedade”, acrescentou o Presidente do Núcleo de Arte.

Com efeito, a Plataforma Mbenga Artes e Reflexões prossegue com o debate sobre as Indústrias Culturais e Criativas em Moçambique cuja estreia foi no dia 13 de Maio na página do Facebook do Centro Cultural Franco Moçambicano.

No mesmo contexto, reflectindo sobre as pessoas que irão materializar as supracitadas indústrias, no mês passado discutiu a inexistência do Estatuto do Artista moçambicano e de o reconhecimento jurídico de todos os profissionais do Sistema das Artes no país.

Tendo o debate sobre o Estatuto começado com profissionais do teatro, este mês, a discussão foi a partir da visão dos artistas plásticos.

O objetivo do debate é trazer esta preocupação para a esfera pública, pois a Plataforma Mbenga Artes e Reflexões entende que, sendo esta classe a que opera nas Indústrias Culturais e Criativas em Moçambique, é imprescindível uma ferramenta legal que a defina. E tendo em conta o facto de cada disciplina artística ter a sua própria especificidade, optou-se por fazer o debate de forma faseada.

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