Há aspectos postivos no pós covid-19

Há aspectos postivos na nova realidade imposta pela pandemia do Corona vírus, considera Heny Matos, directora executiva da Associação Kulungwana, numa entrevista exclusiva, concedida ao “Mbenga”.
A galeria desta agremiação foi uma das primeiras, ainda em Março, a transferir a sua exposição para a rede social Facebook, na sequência do anúncio do Estado de Emergência, em resposta a Covid-19.
A Kulungwana disponibilizou fotografias, vídeos das obras e entrevistas aos artistas, que falaram dos seus trabalhos e deste modo, a associação manmteve, nos moldes da nova realidade a tradição de realizar a mostra anual “Colecção Crescente” em Março.
“Temos de aproveitar os novos meios tecnológicos e nos reinventarmos para continuarmos a dar visbilidade aos artistas”, afirmou Heny Matos.
A pandemia impõe maior flexibilidade, prosseguiu, e capitalização do que, em termos de organização, já foi aprendido pela agremiação.
“Há aspectos positivos”, observou a directora executiva da Associação Kulungwana, entretanto dependem de como serão aproveitados.
Na conversa que começamos a publicar ontem, Heny Matos falou sobre o concurso de banda desenhada designado Kurika, que é uma tentativa de projectar essa manifestação artística para as próximas gerações.
Kurika foi uma publicação mensal de banda desenhada, coordenada pelo falecido jornalista Machado da Graça, integrado na Sociedade Notícias.
“[A revitalização da banda desenhada] vai depender de um trabalho conjunto”, disse a directora, a assumir que “nós queremos ver o Kurika do futuro”.
Para além do Xiquitsi, Colecção Crescente, Kurika, edição de livros sobre arte moçambicana a Associação Kulungwana ainda realiza concursos e exposições de fotografias, num país em que o sector queixa-se da falta de apoio financeiro.
“Somos responsáveis com a forma como o dinheiro é gasto nas nossas actividades”, esclareu Heny Matos, antes de dizer-nos que, desde o princípio, anualmente realiza-se uma auditoria externa. De três em três anos é lançado um concurso público para identificação de novos auditores.
Por outro lado, advertiu, o gasto do dinheiro deve respeitar prioridades, o que é essencial. “Tentamos gastar o menos possível no superfluo”, concluiu.

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