“Mais um dia de vida” abre 10.a edição do Kugoma

O FILME “Mais um dia de vida” de Raúl de la Fluente e Damian Nenow, abre, na quinta-feira, no Centro Cultural Franco Moçambicano, a 10.a edição do Fórum de Curta-metragem Kugoma.

A longa-metragem é uma adaptação do livro do jornalista de guerra polaco Ryszard Kapuscinski, sobre a guerra civil em Angola. A película retrata o cenário da terra da “Palanca Negra” no verão de 1975, numa altura em que os portugueses estão em debandada e os movimentos de libertação se envolvem numa guerra civil sem tréguas. É descrito o retrato de uma Luanda transformada em cidade fantasma sitiada, até à fronteira sul à beira da invasão sul-africana. Kapuscinski é uma testemunha ímpar do nascimento conturbado de um novo país.

Com uma técnica de animação extraordinária e um trabalho documental que vai ao encontro dos homens que com ele então se cruzaram, o filme é uma belíssima homenagem a um grande repórter de guerra.

Mas antes da exibição da longa-metragem sobre Angola, é apresentado um cine-concerto. Para este ano o fórum elegeu o filme “Frankenstein”, de Thomas Edison (1910). A trilha sonora dop filme será feita ao vivo pelos músicos e músicos Euclides Anatolly e Catarina Domingues.

Segundo a curadora e produtora-executiva do evento, Diana Maniça, o programa principal do Kugoma é composto por documentários produzidos nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, a serem exibidos na sexta-feira.

A lista das películas é composta pelo filme moçambicano “Pele de Luz”, de André Guiomar, os documentários luso cabo-verdianos “Tambores de San Jon”, de Lubanzadyo Mpemba e “Na cinza fica calor”, de Mónica Martins Nunes.

No kugoma há ainda espaço para ficção e filmes experimentais dos PALOP, a serem exibidos no sábado. Foram seleccionados dois filmes do realizador moçambicano Ivan Barros, nomeadamente “Trapped – Tina” e “In Kino – uma experiência em Pemba”, todos lançados no ano passado.

Nos filmes de ficção consta ainda o filme “Lúcia no céu com semáforos”, Angola, de Ery Claver e Gretel Marín.

Welket Bungué participa no evento com três filmes, “Bastien”, “Buôn”, que co-realiza com Miguel Munhá, e “Arriaga”, lançado este ano.

Nas ficções da diáspora constam os filmes da Grã-Bretanha “Afro Punk Girl”, de Annetta Laufer e “Winking man rock”, de Annetta Laufer. Para fechar a lista, está o filme brasileiro “Ana”, de Vitória Filipe

A curadora e produtora-executiva do evento explica que o Kugoma abre espaço para debates, que vão ter lugar no CCFM no sexta-feira e no sábado. O primeiro tema é debate é a mudança de paradigma do Instituto Nacional de Audiovisual e Cinema para Insttituto Nacional de Industrias Culturais e Criativas (INIC).

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