Lançados hoje os dois livros do Prémio Literário Fernando Leite Couto 2022

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São lançados hoje, às 18.00 horas, os dois livros vencedores Prémio Literário Fernando Leite Couto 2022, galardão patrocinado pelo Moza Banco.

“Diamantes pretos no meio de cristais” de Maya Ângela Macuácua funciona cenários de segregação racial em Moçambique, na África do Sul e nos Estados Unidos, numa viagem por diferentes tempos.

“Quando os mochos piam”, escrito por Geremias Mendoso é uma série de contos que exploram o folclore moçambicano, focando a luz, sobretudo na tradição oral.

Ambos autores galardoados, isto é, Macuácua e Mendoso dividiram 150 mil meticais. Como dita o regulamento, ambos vê hoje os seus livros publicados, recordando que também serão editados em Portugal, onde também terão uma residência literária na Câmara Municipal de Óbidos, durante 30 dias, e participação no FÓLIO – Festival Literário Internacional de Óbidos, em Outubro.

“O júri decidiu, por consenso, atribuir o Prémio Literário Fernando Leite Couto, edição 2022, em plano de igualdade”, anunciou a 18 de Abril, Francisco Noa, presidente do jurado, integrado igualmente por Conceição Siueia, Conceição Siopa, José dos Remédios e Albino Macuácua.

Na ocasião argumentou que a deliberação se deveu a qualidade inovadora de ambos, o justo era, ao contrário do que se esperava, atribuir a dois concorrentes.

Além do prémio repartido, o Prémio Literário Fernando Leite Couto 2022 trouxe uma outra inovação. Trata-se da menção honrosa, direcionada às obras que, segundo o júri, apesar de não terem obtido o prémio, cumprem com as exigências do concurso, possuem todas as condições para serem publicadas, porque “trazem novas coisas para a nossa literatura”.

A distinção foi partilhada pelos autores Fernanda Vitorino do Rosário Mualeia João – com o romance “Amor em tempos incertos” – Wasquete Jasse Fernando – com a novela “Noites de desassossego” – e Adelino Albano Luís – com a coletânea de contos “Estórias trazidas pela ventania”.

Na presente edição, o galardão é dedicado à prosa. O prémio já laureou dois poetas, Macvildo Bonde, com “A descrição das sombras”, em 2017, e Otildo Justino Guido, com “O silêncio da pele”, em 2019.

Em 2018, o júri decidiu não atribuir o prémio, pois nenhum dos candidatos reunia os requisitos de qualidade exigidos como critérios de premiação.

O prémio está a crescer, de modo que, além do Moza Banco, que já patrocinava, passou a contar, igualmente, com a Câmara Municipal de Óbidos, Camões Instituto de Cooperação da Língua Portuguesa e a Câmara de Comércio Portugal Moçambique.

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É licenciado em Jornalismo, pela ESJ. Tem interesse de pesquisa no campo das artes, identidade e cultura, tendo já publicado no país e em Portugal os artigos “Ingredientes do cocktail de uma revolução estética” e “José Craveirinha e o Renascimento Negro de Harlem”. É membro da plataforma Mbenga Artes e Reflexões, desde 2014, foi jornalista na página cultural do Jornal Notícias (2016-2020) e um dos apresentadores do programa Conversas ao Meio Dia, docente de Jornalismo. Durante a formação foi monitor do Msc Isaías Fuel nas cadeiras de Jornalismo Especializado e Teorias da Comunicação. Na adolescência fez rádio, tendo sido apresentador do programa Mundo Sem Segredos, no Emissor Provincial da Rádio Moçambique de Inhambane. Fez um estágio na secção de cultura da RTP em Lisboa sob coordenação de Teresa Nicolau. Além de matérias jornalísticas, tem assinado crónicas, crítica literária, alguma dispersa de cinema e música. Escreve contos. Foi Gestor de Comunicação da Fundação Fernando Leite Couto. E actualmente, é Gestor Cultural do Centro Cultural Moçambicano-Alemão

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