Poema de Bruno Candéas

Texto de Bruno Candéas

o ser
substância

se mistura
com a terra

se une ao
cromossomo

adequa-se
aos desníveis

nos burla
nos empurra

penetra
prolifera

danifica
o que somos

soma-se
aos desgostos

nos habita
nos limita

Pintura de Bruno Candéas

***

Bruno Candéas é um poeta e compositor nordestino, autor dos livros: Poeta nu na alcova (2002), Filé 1,99 (com Malungo – 2003), A Trégua dos ditadores (cordel, 2004), Férias do gueto (2004), Indigestual (2007), Teatrauma (2018), Poema desgovernado (com Sanjo Muchanga – 2018), Cangaçocity (plaquete, 2019) e Nordestemas, sotaques e legitimação do oxente (2020).
Integrou dezenas de antologias no Brasil e no exterior, entre elas: Painel brasileiro de novos talentos, Marginal Recife III, Estranha Beleza, Lula Livre, 10 Anos do sarau Pólem, Judas, 70 X Caio, Poesia viva do Recife, Poetas independentes, Mil almas Mil obras, Poetas malditos…
Colaborou com centenas de fanzines, informativos e folhinhas em inúmeros países, destacando: A Cigarra, O Capital, Pense Aqui, IL Convivio, Revue d’art et de Littérature musique, Balaio de gato, Chalopa, Poesia descalça, Cabeça de rato, Yê, Panorama da palavra, Isla Nera, Nozarte…
Contribui regularmente com as revistas digitais: Literatura e fechadura, Mallarmargens, Germina, Entrementes, InComunidade, Alma de poeta…
Poemas traduzidos para o inglês, francês, espanhol e alemão. Parcerias musicais com Isaac Sete Cordas, Ricardo Silva, Rama On, Carlos JCarlos e Banda Maktub.
Teve sua obra usada como referência para estudos acadêmicos pela professora Ana Paula Generoso de Belo Horizonte, durante simpósio em São João Del Rey/MG.

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