O escritor Álvaro Taruma integra este ano as celebrações do Dia Mundial da Língua Portuguesa, no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, Brasil.
A sua participação acontece no âmbito da performance-instalação “Rádio Cósmica Mêike Rás Fân” , concebida pelo músico e poeta brasileiro José Paes de Lira (Leirinha) . O evento será apresentado no próprio dia 5 de maio , data oficial da efeméride.
Na instalação, Taruma contribui com uma intervenção sonora original, em que entrelaça o ronga, o português e as memórias aquáticas do oceano Índico. Além de uma peça inédita criada para o projeto, o autor lê um poema de sua autoria e compartilha uma música que evoca o seu universo literário. O evento tem curaria de Luiza Romão, Ana Frango Elétrico e da Cinemateca Brasileira.
Em sua participação, o poeta imprime suas raízes e vivências por meio de uma composição que entrelaça o ronga, o português e as memórias aquáticas do oceano Índico. Além disso, ele lê um poema de sua autoria e compartilha uma música que dialoga com seu universo literário.
Em 2024, Álvaro Taruma foi finalista do foi finalista do Prémio Oceanos , um dos mais prestigiados galardões literários da lusofonia, com o livro Criação do Fogo, publicado pela Cavalo do Mar. A obra esteve entre os finalistas na categoria de poesia, ao lado de nomes como José Luiz Tavares, Rodrigo Lobo Damasceno e Juliana Krapp, destacando-se pela sua escrita densa, reflexiva e imagética, em que o tempo, o corpo e a ancestralidade atravessam a linguagem como matéria viva.
Álvaro Fausto Taruma nasceu em 1988, em Maputo, Moçambique. Começou a publicar em 2014, com textos em jornais e revistas literárias moçambicanas. Estreou-se em livro com “Para uma cartografia da noite” (2016), a que se seguiram “Matéria para um grito” (2018), vencedor do Prémio BCI de Literatura , “Animais do ocaso” (2021), “Recolher obrigatório do coração” (2022) e “Criação do fogo” (2023). A sua obra é marcada por uma poesia de lirismo profundo, onde convivem geografia íntima, história e memória.
Taruma é considerada uma das vozes mais relevantes da nova geração de poetas de língua portuguesa, com presença regular em festivais literários e iniciativas internacionais de criação artística.