O Museu Mafalala, em parceria com a Casa do Artista, está a realizar uma residência artística na cidade da Beira, dedicada às artes plásticas.

A iniciativa, que surge no âmbito do projecto PROPAZ, co-financiado pela União Europeia, reúne quatro jovens artistas do país: Celso Manhengue (Manica), Hotélio Art (Sofala), Caleb Marizane (Tete) e Venildo Ferraz (Zambézia).

Os participantes terão a oportunidade de explorar a arte como ferramenta de promoção da paz e da reconciliação nacional.

De acordo com Ivan Laranjeira, a residência, que se estende por 14 dias, propõe uma reflexão profunda sobre o papel do artista na sociedade, destacando a responsabilidade cívica e o poder transformador da arte.

Inspirados pela vida e obra do icónico Malangatana Valente Ngwenya, os participantes serão guiados por especialistas de renome, como o artista plástico Vasco Manhiça, Manguiza Ngwenya (Fundação Malangatana), Ivan Laranjeira (Museu Mafalala) e Maria Pinto de Sá (Casa do Artista).

O programa inclui workshops sobre desenvolvimento de portfólios, gestão de carreiras artísticas, coleccionismo e produção de projectos culturais, capacitando os jovens a fortalecerem as suas trajectórias e a contribuírem para a transformação social através da arte.

O projecto PROPAZ, coordenado por um consórcio que inclui o CISP, o IMD – Instituto para Democracia Multipartidária, Lemusica e a Associação IVERCA, reforça o compromisso com a cultura como pilar fundamental para a construção da paz, da reconciliação e da coesão social.

Esta residência artística não só celebra a diversidade cultural moçambicana, mas também reafirma o potencial da arte como agente de mudança e de diálogo, conectando gerações e territórios por meio da criatividade e da expressão artística.

A iniciativa é um convite à reflexão sobre o legado de Malangatana e o papel da arte na construção de um futuro mais harmonioso, onde a cultura se torna ponte para a paz e para a cidadania activa.