“o livro do homem líquido” na final do Oceanos 2022

“o livro do homem líquido”, do jovem escritor moçambicano, Pedro Pereira Lopes, é finalista do Prémio Oceanos 2022. A obra é composta por microcontos publicados periodicamente na plataforma Mbenga Artes e Reflexões e chancelado pela Gala Gala Edições, editora de que é fundador e dirige há cerca de dois anos.

O livro faz parte do conjunto de dez (10) obras que estão na final da edicção 2022 do Prémio Oceanos, uma das maiores distinções da literatura em língua portuguesa. Além d’o livro do homem líquido”, de Pedro Pereira Lopes, Moçambique é representado na final do Oceanos 2022 por mais mais dois autores, nomeadamente Teresa Noronha, com o romance “Tornado”, e João Paulo Borges Coelho, com o conto “Museu da Revolução”.

No seu livro, Pereira Lopes escreve contos reais e ficcionais inspirados na oralidade, para convidar o leitor a uma experiência que recorda as conversas descontraídas a volta da fogueira.

“No geral, são ideias para contos que nunca consegui dar fôlego, desenvolver, ou pequenas narrativas que fui ouvindo pela vida, pelo mundo”, explica o autor.

Pedro Pereira Lopes nasceu na Zambézia, 1987. Navega pelo conto, poesia e romances, tendo lançado obras de literatura infanto juvenil. Venceu o prémio Lusofonia – pelo Município de Tofa – em 2010; Prémio Maria Odete de Jesus – pela Universidade Politécnica – em 2016. Também recebeu a menção honrosa nos Prémios Eduardo Costley-White (2016) e 10 de Novembro (2015).

Os dez (10) livros que chegam a final foram apurados de um total de 67 títulos, de que faziam parte outros autores moçambicanos como Mia Couto e Almiro Lobo e Teresa Manjate na qualidade de júri. São três moçambicanos, igual número de portugueses e mais quatro brazileiros que disputam um total de 120 mil reais, para o primeiro lugar.

Dos dez, apenas três vão compor o podium que será conhecido. no dia nove (9) de Dezembro do presente ano. O anúncio dos vencedores vai acontecer em Moçambique, facto que representa um marca na história da premiação que, pela primeira vez, vai anunciar os vencedores num país africano de língua oficial portuguesa.

O júri da final é composto pelo moçambicano Artur Bernardo Minzo; os brasileiros Cristhiano Aguiar, Guilherme Gontijo Carvalho Hansen; e os portugueses Ana Cristina Leonardo e Helena Vasconcelos.

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