Pedro Pereira Lopes e Gala-Gala entre os melhores da literatura em português

O jovem escritor Pedro Pereira Lopes, é um dos 65 autores semifinalistas do Prémio Oceanos 2022.

Trata-se de uma distinção brasileira que consagra, anualmente, os melhores livros e autores de expressão portuguesa.

Pereira Lopes chega a esta fase através d’O Livro do Homem Líquido”, composto por um conjunto de contos ficcionais e reais, publicados, inicialmente, online. A obra é chancela pela Gala-Gala, editora de que é fundador e dirige há cerca de dois anos.

De acordo com o escritor, estar entre os 67 do “Oceanos”, um dos mais prestigiados prémios da literatura de expressão portuguesa, é simbólico eestimulante.

“Tive uma síncope quando li o título do meu livro. A minha respiração quase falhou. É bom saber que tenho alguma qualidade de nível mundial”, revelou a “Mbenga”.

No “O Livro do Homem Líquido”, inicialmente publicado neste portal, Pedro Pereira Lopes escreve contos inspirados na oralidade.

A obra é um convite ao leitor para uma experiência que recorda as conversas descontraídas a volta fogueira.

“É um livro que faz um hino à oralidade. Os temas variam mas, no geral, são de ideias para contos que nunca consegui dar fôlego, desenvolver, ou pequenas narrativas que fui ouvindo pela vida, pelo mundo”, explica.

O “Oceanos” é um prémio de prestígio, continua Pedro. “Na verdade, é, actualmente, a maior premiação para quem escreve em português, então, estar numa lista de 67, entre os melhores livros publicados em 2021 e entre os mais representativos escritores da língua portuguesa e do mundo, representa, acima de tudo, uma honra e alegria.”

Pedro Pereira Lopes tem no prelo obras de poesia, contos e romances. É autor de livros infantis, como “Kanova e o Segredo da Caveira” e “O Comboio que Andava de Chinelos”.

Pedro Pereira Lopes criou a Editora Gala-Gala, com a intenção de apostar na produção de livros “bons e belos”, que também chancela “O Livro do Homem Liquido”, com que concorre ao Prémio “Oceanos”.

“É prazeroso e motivador saber que fazemos livros com qualidade. Inscrevemos vários títulos, fomos a editora com mais livros inscritos em Moçambique e na África”, avançou a acrescentar que “tínhamos bastante esperança nos livros dos poetas M. P. Bonde, “Aroma fóssil”, e do Lino Mukurruza, “A extinção da cinza”, que são belíssimos livros, de uma poesia refinada. Para nós, como editora, e para mim, como editor e leitor de poesia de Moçambique, foram os melhores livros de poemas publicados em 2021″.

Além de Pedro Pereira Lopes, mais quatro autores moçambicanos foram seleccionado para o “Oceanos 2022”. São eles Mia Couto (com O caçador de elefantes invisíveis); João Paulo Borges Coelho (Museu da Revolução), Teresa Noronha (Tornado) e Almiro Lobo (Com as Formigas do Tavinho e outras recordações).

As obras foram escolhidas de um total de 2452 concorrentes. Dos 65 livros que estão na semifinal, 10 passam à última fase, onde serão conhecidos os três vencedores.

De Moçambique, Teresa Manjate (professora universitária) faz parte do corpo de júri, que também é composto pelos brasileiros Jeferson Tenório, Nina Rizzi, Paulo Scott e Prisca Agustoni e os portugueses João Luís Barreto Guimarães e José Riço Direitinho.

Em jogo, está a quantia de 120 mil reais, destinada ao vencedor e 80 mil 50 mil reais para o segundo e terceiro, respectivamente.

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