(Re)pensar os espaços partilhados

Na textura, cor, design e feitio, os lugares e monumentos carregam fragmentos da História e identidade de grupos sociais. Fazem a ligação entre os tempos, oferecendo evidências e testemunhos de experiências e momentos transcorridos, mas também dos que ainda estão por vir.

São espaços partilhados, que vão sendo construídos e moldados na medida da necessidade e condições que o período oferece. A pensar na dimensão identitária, assente na memória e outros traços presentes no património cultural, mas também em práticas inovadoras para a conservação dos lugares e espaços públicos, o Instituto Universitário de Lisboa e a Faculdade de Arquitetura e Planeamento Físico da UEM criaram o “Laboratório de Espaços Partilhados”.

O objectivo é discutir o quotidiano dos espaços partilhados dos bairros de Maputo, buscando caminhos para aproximar, redefinir e planificar iniciativas participativas ligadas ao património cultural.

O programa está desde o dia 18 até 29 deste mês, a dirigir um conjunto de conversas centradas na questão dos espaços partilhados. No evento, a decorrer no Museu Mafalala, em Maputo, estão a ser discutidos temas atinentes à criação, gestão transformação e conservação de espaços públicos.

No segundo dia do “Laboratório de Espaços Partilhados”, as atenções estavam voltadas à temática das “Redes e Acções”. A propósito do assunto, intervieram Nuno Flores (Fundador da iniciativa Outros Bairros, a partir de Cabo Verde), Murad Vaz (docente da Universidade do Paraná BR) e Moisés Francisco (estudante de Arquitectura pela UEM erepresentante da Kaya Clínica, organização que trabalha com o reordenamento urbano), Gabriele Tardivo, sob dinamização de Jéssica Lage (representante da Faculdade de Arquitectura e Planeamento Físico da UEM).

Segundo a arquiteta Ana Silva Frenandes, membro do conselho organizador do “Laboratório de Espaços Partilhados”, o programa também tem o objectivo de promover o intercâmbio entre os projectos e práticas levadas a cabo por organizações ligadas à questão do planeamento físico. No fundo, explica, é uma reflexão conjunta que se está iniciar.

“A cultura ultrapassa os bens materiais, construídos e edificados, para ser também intangível e imaterial. É um espaço partilhado que já existe, a partir do qual se pode trabalhar e responder algumas demandas sociais”, disse.

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