Festival ‘‘Ku Phanda’’ regressa às ruas este ano

Depois de, ano passado, ter sido realizado a porta fechada e assistido, exclusivamente, através das plataformas digitais, em conformidade com as restrições anti pandemia, o Festival de Teatro de Rua ‘‘Ku Phanda’’ está de volta, no final de Outubro próximo, às ruas da Cidade de Maputo.

A informação foi avançada ao Mbenga pelo Director da Companhia de Artes Makweru entidade organizadora do evento. Ernesto Langa garante que, apesar do abalo da Covid 19 ter lesado o ‘‘Ku Phanda’’, o relaxamento das medidas reacendeu as esperanças do retorno deste que é o primeiro e, até agora, o único Festival de Teatro de Rua em Moçambique.

‘‘Muitas empresas que nos financiavam entraram em crise, pela pandemia e, agora, a guerra’’, revela o artista, areconhecer que vai ser um desafio servir o teatro de rua, este ano, nas condições em que o país e o mundo se encontram.

‘‘Vai ser complicado, mas com ou sem o financiamento, teremos o ‘‘Ku Phanda’’ e traremos muitas novidades’’, assegura. Segundo Ernesto Langa, os últimos dois anos foram de enormes dificuldades para o festival, pelo que o regresso significa uma oportunidade para continuar a perseguir o principal objectivo do ‘‘Ku Phanda’’, que é massificar a prática e o consumo do teatro no espaço comunitário.

‘‘Queremos continuar a levar o bom teatro para os bairros, sobretudo para as pessoas que não têm condições de se fazer às salas e assistir ao teatro’’, explicou.

O Festival de Teatro de Rua ‘‘Ku Phanda’’ é organizado, anualmente, nas ruas do bairro Mavalane, em Maputo, pela Companhia de Artes Makwero. Trata-se de uma iniciativa que quer instigar a criação de espaços alternativos para o teatro, fazendo face à escassez de salas de testro.

2019 foi a última vez em que se assistiu ao  Festival de Teatro de Rua ‘‘Ku Phanda’’, nas artérias da Cidade de Maputo. Em 2020, o evento também foi apanhado de surpresa e forçado a parar, visto que, com o confinamento, não havia condições para que o público, actores e o resto do staff estivessem na rua, para fazer o teatro. O que se seguiu foi uma edição feita com recurso à plataformas digitais, em 2021.

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