FILME NKWAMA NO FESTIVAL DE CINEMA CENA EM CABO VERDE

No âmbito do mês de Março – Mês das Mulheres, o CENA – Festival de Filmes Dirigidos por Mulheres – um festival que visa promover o cinema feito por mulheres, especialmente por realizadores de Cabo Verde e dos PALOP, terá a sua segunda edição.

O festival realizar-se-á em formato on line, na página do Facebook do CENA, nos dias 27 e 28 de Março. No entanto, em colaboração com a Universidade de Cabo Verde (UviCV), no Mindelo, nos dias 22-26 de Março, vão acontecer os “miniCENAs” – as mostras “tradicionais” durante as aulas com pequenas grupos de estudantes.

Este ano, o festival conta com a participação de realizadoras de Cabo Verde, Moçambique e São Tomé e Príncipe e vai ser o palco da conversa on line com a realizadora Claire Andrade Watkins. A realizadora vai lançar o seu novo filme nesta edição do CENA.

O Festival conta com o apoio da Universidade de Cabo Verde (UviCV), REDE de Cinema e Audiovisual PALOP-TL e Universidade de Cracóvia, Polónia.

O filme NKWAMA, da realizadora moçambicana Gigliola Zacara, é um dos filmes escolhidos para fazer parte desta  segunda edição, o mesmo será exibido no dia 27 de Março, será o terceiro filme da primeira sessão de exibições que irão iniciar as 19H de Cabo Verde, 21H de Moçambique.

NKWAMA, retrata a história de Alice, uma mulher vista como uma heroína para a sua família, por encontrar sempre solução para as dificuldades do dia-a-dia. Vivendo numa comunidade pouco consciencializada em relação aos problemas do meio ambiente e mudanças climáticas, faz do plástico o seu meio de subsistência. Nkwama, que em português significa plástico, é considerado um dos piores inimigos do meio ambiente, pois, a poluição causada pelo descarte de objectos de plástico é um dos grandes desafios da actualidade, onde o cenário ideal seria uma vida com a produção de menos lixo e a utilização de produtos circulares, ou seja, aqueles que podem ser reutilizados e reciclados, sem virar lixo após o uso. Para Alice, assim como para milhares de moçambicanos que se deslocam todos os dias pelas ruas e lixeiras em busca deste bem precioso, o plástico significa apenas sustentabilidade. O filme é um claro apelo a sociedade para uma maior atenção as questões ligadas ao meio ambiente e mudanças climáticas, como também, através dele levar a reflexão sobre a importância da educação sustentável para as nossas comunidades através da produção de renda a partir dos resíduos plásticos.

Para a sua produção, o filme contou com o apoio de profissionais da área do audiovisual e do teatro, Centro de Recriação Artística, 7 Ofícios – Rede de Mulheres Artistas, ETC., António Sendo Lda, Maochas Produções, Olhar Artístico e Amocine.

INFORMAÇÕES ADICIONAIS SOBRE A REALIZADORA:

Gigliola Zacara iniciou-se no cinema como atriz em 2005, estudou representação para teatro, cinema e televisão em Moçambique, Brasil e Angola, conta com participações em aproximadamente quinze (15) filmes,  produções nacionais e internacionais. Seus destaques como actriz no cinema vão para os filmes “O jardim do outro homem”, de Sol de Carvalho, que lhe garantiu a nomeação para a categoria de Melhor actriz principal, no Festival Cineport 2007, no Brasil, “Traídos pela Traição”, de Mickey Fonseca e Pipas Forjaz, “Quero ser uma estrela”, de José Carlos de Oliveira, “Mosquito”, de João Pinto Nuno e o mais recente “Resgate”, de Mickey Fonseca e Pipas Forjaz.

Foi em 2007 que começou a fazer a sua transição para aprender como se trabalha atrás das câmeras, quando surgiram as primeiras oportunidades de se formar como produtora e realizadora, participando em oficinas de formação em cinema em Angola,  onde participa na Formação em Técnicas de Produção, Formação em Produção de Documentários e Formação em Argumentos de Ficção e Documentários a quando da sua ida ao FIC LUANDA (Angola), em Moçambique fez a Formação em Técnicas de Interpretação e Captação de Imagem, Formação em Técnicas de Edição de Imagem e Formação e Estágio em representação para Cinema, Televisão e Teatro através Projecto Olhar Artístico, uma iniciativa da AMOCINE – Associação Moçambicana de Cineastas.

Em 2019 começa a fazer as suas primeiras produções fazendo spots promocionais, vídeos de teatro e dança, filmes documentários institucionais para finalmente em 2020 lançar o seu primeiro filme de ficção curta-metragem, intitulado NKWAMA, que lhe garantiu duas premiações para o 1° Lugar para o Prémio Público e 2° Lugar para o Melhor Curta Metragem, no 4° Concurso de Curta-metragem CCMA.

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