Mabata Bata: Mia Couto além do climax

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Li o conto de Mia Couto numa madrugada. Quando folheava o livro sentia a presença das personagens, o cheiro do boi, a atmosfera da guerra civil.

A longa-metragem do realizador moçambicano Sol de Carvalho baseou-se no conto “O Dia em que explodiu Mabata Bata”, que faz parte do livro “Vozes Anoitecidas” de Mia Couto, publicado em 1986.

O realizador deu outra interpretação. Na verdade o filme deu um novo final ao filme. Que a meu ver, frustra quem leu o livro e sentiu o sabor do clímax, o roteiro de Sol de Carvalho navega além do clímax. Eu não gostei.

Mas vamos conhecer a história do filme: Nas telas é trazida a história de “Azarias”, um jovem pastor órfão que sonha ser uma criança normal e puder ir à escola. Um dia o melhor boi da manada, Mabata Bata, pisa uma mina deixada pelos combatentes da guerra, que decorre no país e explode. Temendo as represálias do tio, o menino decide fugir e embrenhar-se na floresta levando consigo os bois restantes. Entre tradição e mistério desenrola a estória.

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Acredita em seus sonhos e transforma-os em verdade. Com amigos fundou o Mbenga e escreve o seu destino. Colaborou com periódicos dos PALOP’s. É docente. Formado em Relações Públicas, Jornalismo e Publicidade e Marketing, também é fascinado pela pequisa. Foi repórter e colunista do Jornal Notícias, o maior órgão de informação de Moçambique. Produz e sonoriza o programa radiofônico Cinema em Foco, que é difundido na RDP África. Este é só o principio da revolução.

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